Hoje estamos passando por um período em que a maioria de nós tem enfrentado dificuldades econômicas, quer por um orçamento superior a renda familiar, ou até por não possuir uma atividade remunerada regular.
Isto vem causando tensões
dentro das famílias, dado que parece que não estamos atingindo um nível de bem
estar e conforto adequado. O que quando projetado para toda a sociedade, eleva
o nível de tensão social e causa muitos conflitos e elevação do nível de
violência.
Muito se fala, se publica e
são vários os meios de comunicação que abordam o tema, ora responsabilizando um
segmento, ora outro, mas a verdade é que o único personagem responsável pela
situação é você.
Parece duro, mas é a
verdade, meia verdade para ser mais exato, a estrutura social em que vivemos
projeta expectativas muito superiores aos meios que ela disponibiliza as
pessoas, tornando quase impossível a realização das projeções.
Ela nos coloca um padrão de
consumo de bens e serviços como se essenciais e fundamentais para a
sobrevivência o fossem, quando nosso bem estar e felicidade não dependem destas
coisas, mas de encontrarmos o equilíbrio entre quem realmente somos e o que nos
faz feliz. E, acredite, não é conversa de doido ou riponga, não estou falando
de largar tudo e viver uma vida natural e despojada, pois isto é o outro
extremo do mesmo e, salvo melhor juízo, outro mecanismo de fuga e frustração.
O enfoque que quero debater
é sobre o montante de coisas que achamos necessárias e o que é realmente
necessário. São sobre coisas simples, que você mesmo já sabe e que não se
apercebe.
Vamos partir de um exemplo
bem simples, quais são suas camisas, camisetas ou blusas preferidas? Pense,
analise e verifique, depois compare com todas as que estão em seu
guarda-roupas, não tenho medo de errar que a proporção é de no mínimo 3 para 1,
como média sobre o padrão, pode até ser que tenha mais de uma da mesma cor, mas
mesmo assim terá mais do que realmente precisa.
Muitos vão argumentar que
necessitam pelo trabalho, ótimo, usei terno e gravata por mais de 30 anos, até
me dar conta que se tivesse dois ternos ( um preto e outro azul marinho ) e
meia dúzia de camisas brancas, poderia exercer meu trabalho com os mesmos
resultados (o detalhe estava nas gravatas, cheguei a ter duas dúzias, até
perceber que com as mesmas cinco teria o mesmo resultado).
Estamos todos nós (e me
incluo nisto) sendo conduzidos pela estrutura social e econômica que criou um
padrão de consumo que é incompatível com o nível de renda que cada indivíduo
pode conseguir, não porque ele não tenha capacidade, mas por que os meios
necessários não são disponibilizados. São colocadas necessidades de renovação e
substituição constantes, impossíveis de serem satisfeitas para todas as pessoas,
isto é feito através da mídia e como uma programação repetitiva, passa a soar
como um projeto pessoal de cada um, quando na verdade é uma imposição feita ao
coletivo.
Mas, para simplificar, o que
temos que fazer e parar e refletir sobre o que nos faz bem e feliz é saber que
podemos nos libertar de muitas das coisas que nos colocam como essenciais e que
na verdade consomem recursos e dificultam a nossa vida, de nossos filhos,
companheiros...
Como não há a possibilidade
de apertar um botão e agir sobre todos, faço aqui um convite, venha conversar e
poderemos auxiliar a encontrar um caminho para que possa atingir o equilíbrio
entre suas necessidades e as possibilidades reais que tragam felicidade e
harmonia, eliminando uma carga de responsabilidade que não te pertence.
Marcos
Comachio
Coaching
e orientador financeiro
comachiomeister@gmail.com (51)99398-4040