“Nada é. Tudo está.”

31/01/2017

Por que organizar nossa vida??


Hoje estamos passando por um período em que a maioria de nós tem enfrentado dificuldades econômicas, quer por um orçamento superior a renda familiar, ou até por não possuir uma atividade remunerada regular.
Isto vem causando tensões dentro das famílias, dado que parece que não estamos atingindo um nível de bem estar e conforto adequado. O que quando projetado para toda a sociedade, eleva o nível de tensão social e causa muitos conflitos e elevação do nível de violência.

Muito se fala, se publica e são vários os meios de comunicação que abordam o tema, ora responsabilizando um segmento, ora outro, mas a verdade é que o único personagem responsável pela situação é você.
Parece duro, mas é a verdade, meia verdade para ser mais exato, a estrutura social em que vivemos projeta expectativas muito superiores aos meios que ela disponibiliza as pessoas, tornando quase impossível a realização das projeções. 

Ela nos coloca um padrão de consumo de bens e serviços como se essenciais e fundamentais para a sobrevivência o fossem, quando nosso bem estar e felicidade não dependem destas coisas, mas de encontrarmos o equilíbrio entre quem realmente somos e o que nos faz feliz. E, acredite, não é conversa de doido ou riponga, não estou falando de largar tudo e viver uma vida natural e despojada, pois isto é o outro extremo do mesmo e, salvo melhor juízo, outro mecanismo de fuga e frustração.
O enfoque que quero debater é sobre o montante de coisas que achamos necessárias e o que é realmente necessário. São sobre coisas simples, que você mesmo já sabe e que não se apercebe.

Vamos partir de um exemplo bem simples, quais são suas camisas, camisetas ou blusas preferidas? Pense, analise e verifique, depois compare com todas as que estão em seu guarda-roupas, não tenho medo de errar que a proporção é de no mínimo 3 para 1, como média sobre o padrão, pode até ser que tenha mais de uma da mesma cor, mas mesmo assim terá mais do que realmente precisa.

Muitos vão argumentar que necessitam pelo trabalho, ótimo, usei terno e gravata por mais de 30 anos, até me dar conta que se tivesse dois ternos ( um preto e outro azul marinho ) e meia dúzia de camisas brancas, poderia exercer meu trabalho com os mesmos resultados (o detalhe estava nas gravatas, cheguei a ter duas dúzias, até perceber que com as mesmas cinco teria o mesmo resultado).

Estamos todos nós (e me incluo nisto) sendo conduzidos pela estrutura social e econômica que criou um padrão de consumo que é incompatível com o nível de renda que cada indivíduo pode conseguir, não porque ele não tenha capacidade, mas por que os meios necessários não são disponibilizados. São colocadas necessidades de renovação e substituição constantes, impossíveis de serem satisfeitas para todas as pessoas, isto é feito através da mídia e como uma programação repetitiva, passa a soar como um projeto pessoal de cada um, quando na verdade é uma imposição feita ao coletivo.

Mas, para simplificar, o que temos que fazer e parar e refletir sobre o que nos faz bem e feliz é saber que podemos nos libertar de muitas das coisas que nos colocam como essenciais e que na verdade consomem recursos e dificultam a nossa vida, de nossos filhos, companheiros...

Como não há a possibilidade de apertar um botão e agir sobre todos, faço aqui um convite, venha conversar e poderemos auxiliar a encontrar um caminho para que possa atingir o equilíbrio entre suas necessidades e as possibilidades reais que tragam felicidade e harmonia, eliminando uma carga de responsabilidade que não te pertence.

Marcos Comachio
Coaching e orientador financeiro

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