"O ser humano é o único animal que após desmamado continua a ingerir leite
e ainda por cima de uma outra espécie. Basicamente, o leite de vaca é um
alimento ideal para nutrir um bezerro que aumenta nas primeiras semanas cerca
de 37 quilos; um bebé humano, no mesmo espaço de tempo, aumenta apenas 1 a 2
quilos.
Walter Willet, professor de nutrição na prestigiada Universidade de Harvard
cita e corrobora com factos aquilo a que ele chama o "Lado Negro do Cálcio
e dos Produtos Lácteos" . Para ele, as principais razões para evitar o
consumo de leite e produtos lácteos são:
INTOLERÂNCIA À LACTOSE - A maioria da população mundial é intolerante à
lactose, o açúcar presente no leite de vaca. A maioria das pessoas após os 4
anos de idade perde a capacidade de fabricar lactase, a enzima responsável pela
digestão da lactose e apenas 25% da população mundial consegue digerir bem o
leite. A intolerância à lactose manifesta-se em sintomas como diarreia, prisão
de ventre, cólicas, náusea. Dos diferentes grupos étnicos, a intolerância à
lactose é a seguinte: de descendência asiática - 90 a 100%, de descendência
africana - 65 a 70%, de descendência hispânica ou italiana - 50 a 70%, de
descendência caucasiana - 10%.
GORDURA SATURADA - A gordura presente nos lacticínios é gordura saturada,
responsável pela obstrução dos vasos sanguíneos que está na origem da maioria
das doenças cardiovasculares modernas.
CANCRO NA PRÓSTATA - Em nove estudos independentes sobre o desenvolvimento do
cancro na próstata, o fator mais forte e consistente ligado a este tipo de
cancro foi o consumo elevado de lacticínios. No maior destes estudos o
"Health Professionals Follow-up Study", os homens que bebiam 2 ou
mais copos de leite por dia tinham mais do dobro das hipóteses de desenvolver
cancro da próstata avançado ou com metástases do que aqueles que não bebiam
leite nenhum.
CANCRO NOS OVÁRIOS - Existe um número significativo de estudos que apontam para
a hipótese de o cancro nos ovários estar ligado ao consumo de produtos lácteos
e apesar de tais estudos não serem conclusivos, a ligação parece ser demasiado
forte para não ser considerada.
ANTIBIÓTICOS - O uso de antibióticos misturados na ração diária das vacas é
enorme. Nos Estados Unidos, por exemplo, a vasta maioria dos antibióticos é
utilizada nos animais e não em pessoas (isto apesar do seu uso em hospitais ter
aumentado 100 vezes em 35 anos). Esses antibióticos acabam por ir parar ao
leite e à carne, o que não me parece de todo ser benéfico. É bem possível que a
resistência crescente de algumas bactérias aos antibióticos esteja ligada ao
seu uso indiscriminado na cultura pecuária." - Francisco Varatojo
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