A ciência diz: os benefícios da aspirina vão desde a ação antitérmica até a prevenção de doenças cardivasculares
A aspirina é, provavelmente, o remédio mais conhecido e mais vendido no mundo inteiro. Milhões de pessoas, em algum momento da vida, recorreram a este remédio para diminuir dores e baixar a febre. Como todo medicamento consumido a larga escala e de maneira tão ampla, a aspirina passou a ser amada e odiada, com opiniões favoráveis e contra, criando um caldeirão de controvérsias. Nos últimos anos, contudo, a aspirina tem sido objeto de estudos e pesquisas que comprovaram novos usos para esta substância.
Sua descoberta aconteceu em 1920, quando o químico alemão Felix Hoffman procurava obter um remédio que pudesse ser eficiente no tratamento da artrite, doença que acometia seu pai. Na época, era utilizado como droga antiartrite o salicilato de sódio, que causava muita irritação ao estômago. O químico conseguiu preparar o ácido acetil-salicílico, nome químico da aspirina, alcançando o objetivo que queria. O novo remédio tinha as mesmas propriedades do salicilato e ocasionava menores dores estomacais, produzindo os mesmos efeitos em doses menores. No começo, houve um pouco de rejeição. Logo se percebeu que o remédio era eficiente e poderia ser usado como analgésico e antitérmico.
Na década de 70, John Vane, farmacologista britânico, achou outra função para a aspirina. Ao observar que alguns tipos de lesões liberavam prostaglandinas, substâncias que provocavam vermelhidão e febre, o farmacologista e sua equipe descobriram que a aspirina podia bloquear essa reação. Com essa observação, ele descobriu que a aspirina interfere na produção de plaquetas, evitando a formação de coágulos de sangue no organismo. Os coágulos são os responsáveis pelo bloqueio do fluxo de sangue para o coração, o que resulta em acidentes cardiovasculares. Como a aspirina tem a propriedade de evitar a formação dos coágulos, ela pode impedir o infarto do miocárdio.
Segundo a médica Daniella Knetcht, a aspirina é realmente eficiente e capaz de reduzir as probabilidades de doenças cardiovasculares como angina, infarto, derrame, trombose etc. "A aspirina é uma droga que tem boa ação anticoagulante". Ela ainda tem outras propriedades terapêuticas, como antiinflamatório, estimulante e uricosúrico. Algumas pesquisas mais recentes mostram uma perspectiva do uso da aspirina no tratamento e prevenção de doenças que atacam o cérebro e doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer. Não é qualquer pessoa que precisa tomar sempre o remédio. "Aqueles pacientes portadores de doenças cardíacas e ou neurológicas que necessitem de anticoagulação são os que precisam tomar a aspirina regularmente".
Essa substância merece cuidado na hora de ser tomada, pois possui contra-indicações e pode provocar efeitos colaterais. "A aspirina pode causar problemas principalmente no aparelho gastrointestinal", explica. Ela pode provocar dores estomacais, azia, úlceras gástricas, náuseas, diarreias, sangramentos internos, entre outros. Algumas pessoas podem sentir alergias cutâneas ou respiratórias. Como a aspirina altera a formação de plaquetas dificultando a formação de coágulos pode haver hemorragia digestiva alta e baixa. O uso desse remédio não é indicado para quem tem problema gástrico, renal ou biliar e é contraindicado nos casos em que há suspeita de dengue, porque ocorre baixa de plaquetas, diminuindo a coagulação.
Os benefícios da aspirina ficam evidentes, de acordo com todas as funções que ela demonstra, sem falar no seu baixo custo. Só no Brasil, a produção da aspirina cobre 80% do seu consumo e nos Estados Unidos são consumidos, por dia, 80 milhões de comprimidos. Esse é, provavelmente, o remédio mais conhecido e mais vendido no mundo inteiro. E, deixando de lado a controvérsia, há médicos que dizem: tome uma aspirina por dia e mantenha-se sempre com saúde.
Fonte: Odisseu http://www.hebron.com.br/sua-saude/#texto
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