“Nada é. Tudo está.”

11/01/2012

Cranberry previne infecção urinária em mulheres



A tradução de cranberry para o português é um bom indicador do grau de familiaridade que os brasileiros têm com a fruta: praticamente nenhum. Quem já ouviu falar de oxicoco, afinal?
Embora sucos de cranberry prontos para beber tenham invadido as prateleiras de algumas redes de supermercados nos últimos anos, a fruta fresca continua rara nesses trópicos.
O importante é que mesmo seu suco industrializado contém antioxidantes e é indicado para prevenir infecções urinárias. Nesta semana, um estudo divulgado pela Universidade Harvard ressaltou as evidências científicas dos efeitos benéficos da fruta.
No trabalho, realizado por uma equipe da Cochrane Collaboration (rede dedicada à revisão de intervenções na área da saúde), foram avaliados dez estudos, envolvendo um total de 1.049 participantes. O resultado mostrou que o consumo diário de produtos à base de cranberry, ao longo de um ano, reduzia a incidência de infecções urinárias em 35%. O efeito foi ainda maior em mulheres que sofrem freqüentemente desse problema, com três ou mais infecções urinárias por ano -nelas, a redução foi de 39%.
Não foi identificada, porém, qual a quantidade de cranberry que deve ser consumida para um resultado efetivo.
Segundo Luis Seabra Rios, chefe do departamento de urologia feminina da Sociedade Brasileira de Urologia, pesquisas mostram que alguns dos componentes da fruta evitam a adesão das bactérias à parede da bexiga. A indicação geral, diz, é de um copo de suco de cranberry pela manhã e outro copo à noite.
Nos Estados Unidos, de onde a fruta é nativa, os consumidores têm uma gama maior de opções, como frutas secas, molhos prontos e sucos, além de cápsulas. Na culinária local, a importância do ingrediente ultrapassa as fronteiras do sabor e ganha viés simbólico no Dia de Ação de Graças, na forma de molho para acompanhar o tradicional peru servido na data.
De acordo com o site da organização sem fins lucrativos "The Cranberry Institute" (http://www.cranberryinstitute.org/), as frutinhas, que parecem com a cereja, mas de cor mais viva, começaram a ser cultivadas em escala comercial em 1816. A maior parte da colheita é realizada entre setembro e outubro, mas até dezembro a fruta marca presença nos mercados norte-americanos.

Fonte: Folha de São Paulo

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