“Nada é. Tudo está.”

22/01/2012

Óleo de Pequi



Óleo de pequi usado no tratamento de doenças cardiovasculares

Pesquisadores da Universidade de Brasília analisaram ao longo de dez anos as propriedades do pequi, fruto típico do cerrado brasileiro, e desenvolveram um produto com efeitos fitoterápicos que ajuda a evitar a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, o que diminui os riscos de problemas cardíacos.

O óleo de pequi será comercializado em forma de cápsulas, fica classificado na categoria nutracêuticos, uma posição que o coloca entre um alimento e um remédio. "É um produto que incrementa as funções fisiológicas, revigorante e que vai além de um alimento", explica o biólogo Cesar Koppe Grisolia, autor da pesquisa.

O pequi é altamente nutritivo, rico em vitaminas e sais minerais e compostos antioxidantes, que capturam radicais livres, moléculas nocivas formadas nos organismos. “Para que as pessoas possam fazer uso de suas propriedades, desenvolvendo cápsulas de extrato da polpa e outras de óleo de pequi", conta o biólogo.  Fonte: Bom dia, doutor - http://www.hebron.com.br/

NA MEDICINA POPULAR:
          Na medicina caseira o pequi é utilizado na preparação de emulsões para tratamento de doenças respiratórias e definhamento do organismo, mas ainda sem comprovação cientifica.
          Para uso tópico com o pequi é preparado um bálsamo a ser aplicado em reumatismo, inchaços e machucaduras. Até a década de quarenta os farmacêuticos manipuladores utilizavam óleo de pequi em algumas fórmulas medicamentosas.
          Das folhas do pequizeiro, após uma secagem natural ou em estufa, é preparado um chá restaurado das funções hepáticas, como também para um rápido alívio das ressacas pós-ingestão de bebidas alcoólicas. O mesmo chá, um pouco mais forte, serve para regular o fluxo menstrual da mulher.
          Pontas de raízes socadas com pilão e postas em maceração (fusão) em uma solução meio a meio de água e álcool, é remédio para os rins. As raízes também servem como excelente isca para pescaria.
          O uso de folhas secas de pequizeiros na defumação de alimentos, principalmente em tenras aves e peixes, os dão exótico sabor!
USO NA ALIMENTAÇÃO:
          A riqueza do pequi como alimento pode ser avaliada pelos seguintes tópicos; É o fruto com maior teor de Vitamina A (retinol); em Vitamina B-1 (tianina) é igual ao caju, morango, jenipapo e mamão; em Vitamina B-2 (ribeflavina) é igual a uma gema de ovo; em Teor Protéico é igual ao abacate e a banana prata; em gordura é igual ao abacate e o buriti; em açúcar comparasse a jabuticaba e a uva; em cálcio é igual ao caju, maracujá e a laranja; em ferro é igual ao tomate; em cobre é igual ao amendoim, figo e uva.
        O óleo do pequi também é próprio ao uso culinário e pode substituir o dendê em no preparo de algumas iguarias. A força alimentar do pequi é tanta, que há um estudo pela Pastoral da Criança do Norte Mineiro, em que foi concluído que durante a safra do pequi, a desnutrição infantil no Cerrado chega a ser reduzida em mais de cinqüenta por cento. Ocasião em que às crianças ficam mais resistentes às doenças típicas da região.
        Para que o pequi chegue à mesa do sertanejo, como alimento rico, em todos os dias do ano, há uma proposta para que sua massa seja granulada a partir de cozimento, raspagem da massa (polpa) amarelada, secagem em estufa, transforma-lhe em farinha acrescentada com anti-mofo ou tanino natural (a partir da banana), juntar a uma massa liga de amido de milho e óleo do pequi, passar em uma máquina de granular, (artesanalmente em um moedor de carne esfera de furos finos), secar e embalar á vácuo*.
         Experiência feita artesanalmente pelo jornalista Seu Pedro (Pedro Diedrichs) em um período de dois anos, armazenado em lugar a sombra longe de umidade ou calor excessivo, havia massa para uso culinário com perfeito sabor. Há que armazene os caroços de pequi com a polpa em congelador, mas com risco de perda do sabor “morto pelo congelamento”.

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