A
importância da alimentação durante a gestação, apesar de reconhecida por grande
parte da população, é cercada de crenças que podem interferir na saúde e
nutrição da mãe e do feto. Algumas dessas crenças são benéficas e devem ser
encorajadas, outras, entretanto, como a de que a mãe deve "comer por
dois", são errôneas e devem ser desestimuladas.
O acompanhamento nutricional é importante, pois a gestante necessita de ajuda
para compreender suas novas necessidades orgânicas e auxílio para elaborar e
consumir uma dieta adequada, que contenha todos os nutrientes necessários para
o seu organismo e para o crescimento e desenvolvimento do feto, devendo incluir
em cada refeição, pelo menos um alimento de cada grupo. O equilíbrio é
fundamental!
Carboidratos: fonte de energia para a gestante, o embrião e o feto. Quando o
consumo de carboidratos é baixo ao longo da gravidez, o recém-nascido corre o
risco de nascer com baixo peso. Eles são encontrados nas frutas, verduras,
legumes e cereais integrais - como arroz, macarrão, pães e biscoitos integrais
e barras de cereais.
Proteínas: são essenciais para o desenvolvimento dos novos tecidos, tanto da
mãe como do bebê, desempenhando um papel importante na formação do útero,
mamas, placenta e líquido amniótico. Boas fontes protéicas são: carnes magras,
como frango e peixe; leguminosas como feijões, soja, lentilha, grão de bico,
ervilha; frutas oleaginosas como nozes e castanhas; laticínios e ovos; quinua e
amaranto.
Lipídios: fornecem energia à gestante e ao feto. Contribuem para o crescimento
do bebê e para formar os estoques energéticos que a mulher vai utilizar no
período de aleitamento. É importante que o consumo de gordura seja através de gorduras
"boas", que são as gorduras insaturadas, tais como: óleos de coco,
milho, girassol, gergelim, soja, canola, macadâmia, azeite de oliva
extravirgem, peixes como salmão, atum e sardinha e a linhaça.
É necessário ainda, que sejam evitados longos períodos de jejum, para uma
melhor digestão e aproveitamento dos alimentos. Por isso, eles devem ser
ingeridos a cada 3 horas, melhorando a sensação de fome, azia e mal estar.
Deve-se comer devagar e mastigar bem os alimentos.
A obstipação intestinal é um problema que frequentemente ocorre neste período,
devido a restrições das atividades e a pressão do útero, que está aumentada.
Porém, para a maioria das gestantes, a alimentação equilibrada associada ao
consumo adequado de líquidos tende a neutralizar a dificuldade com a
constipação. Portanto, a hidratação é muito importante durante a gestação. O
consumo total de líquidos deve ser por volta de 1,5 a 2 litros por dia,
conseguidos através da ingestão de água e sucos (de preferência orgânicos),
principalmente nos intervalos entre as refeições.
Fonte: Flávia Figueiredo - Nutricionista Mundo Verde Franquia.
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