Nem
sempre a baixa de libido indica um problema de saúde. Um desequilíbrio na
alimentação ou na produção de neurotransmissores pode ser a causa.
Algumas doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e endometriose,
além de fatores como estresse, ansiedade, autoestima baixa e insegurança,
interferem na libido. Porém, se não houver nenhuma patologia associada, vale a
pena investigar possíveis desequilíbrios nutricionais.
Uma má alimentação pode gerar uma produção baixa de alguns neurotransmissores relacionados
ao bem-estar e prazer, e as alterações destes neurotransmissores no organismo
podem prejudicar o desempenho sexual e a fertilidade.
Para sentir desejo sexual, é necessário ter boas concentrações do
neurotransmissor serotonina. O estresse, o uso de anticoncepcionais e de
alguns antidepressivos podem diminuir sua produção. O aminoácido triptofano é
o precursor da serotonina. Esse aminoácido é encontrado em diversos alimentos,
como banana, quinua, arroz integral, soja, feijão, lentilha, ervilha,
castanhas, nozes, morango, laranja, tâmara, chocolate amargo e ovos.
É importante lembrar que a conversão do triptofano em serotonina depende de
alguns nutrientes, como a vitamina B6, encontrada no levedo de cerveja, no
gérmen de trigo, em cereais integrais, leguminosas, batata, banana e aveia; a vitamina
B12, presente nos peixes, aves, carnes vermelhas, ovos, leite e derivados; oácido
fólico, que está em vegetais de folhas verdes escuras, também no levedo de
cerveja, além de brócolis, suco de laranja, repolho, couve-flor, gérmen de
trigo, cereais e pães integrais; e o magnésio, também encontrado nos
vegetais folhosos escuros, banana, cereais integrais, nozes, castanhas, peixes.
Incluir os alimentos fontes desses nutrientes é fundamental para a produção de
serotonina.
Outro neurotransmissor relacionado com a libido é a noradrenalina. É
produzida a partir dedopamina – neurotransmissor relacionado ao prazer. A
falta de ambos está relacionada à diminuição do desejo sexual. O aminoácido tirosina é
o responsável pela produção de dopamina, e para estimulá-la devemos consumir
alimentos fontes da tirosina: leguminosas, nozes e castanhas, tofu, cereais
integrais, leite e iogurte desnatados – e ainda, incluir a ingestão moderada de
café.
O zinco promove a modulação dos níveis do hormônio testosterona e
da produção de sêmen. Sua deficiência leva à falha na ovulação e diminuição do
desejo sexual, em mulheres. Nos homens, pode causar impotência sexual. As
principais fontes alimentares de zinco são feijões, lentilha, nozes, castanhas,
semente de abóbora, cereais integrais e chocolate amargo. A vitamina E,
encontrada principalmente no gérmen de trigo e nos óleos vegetais, também
participa da produção de hormônios sexuais, estando relacionada ao aumento da
libido e do apetite sexual.
Alguns alimentos devem ser evitados, pois exercem ação contrária no desejo
sexual. Frituras, alimentos gordurosos, doces e carnes, devido ao alto teor de
gordura, dificultam a digestão e impedem a circulação adequada de sangue.
Bebidas alcoólicas em excesso também são prejudiciais – podem causar impotência
sexual.
Por meio de uma alimentação adequada, é possível consumir todos os nutrientes
importantes não só para um bom desempenho sexual, mas para uma vida saudável em
todos os aspectos, o que influenciará positivamente para a boa saúde da sua
libido.
Fonte: Bruna Murta - Nutricionista da rede Mundo Verde
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