“Nada é. Tudo está.”

11/07/2011

Memória, Stress e Estimulação Cerebral

Segundo o site Wikipédia, a enciclopédia livre, memória é a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) informações. A memória focaliza situações específicas, requerendo grande quantidade de energia mental. É um processo que conecta dados de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias. Os neurocientistas diferenciam a memória declarativa, da memória não-declarativa. A memória declarativa armazena o saber que algo se deu, e a memória não-declarativa o como isto se deu. A memória declarativa é aquela que pode ser declarada, como fatos, nomes, acontecimentos e é mais facilmente adquirida, porém também mais rapidamente esquecida. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo temporal medial (como por exemplo o hipocampo e a amígdala). Psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica e a memória semântica. São instâncias da memória episódica as lembranças de acontecimentos específicos. São instâncias da memória semântica as lembranças de aspectos gerais. Já a memória não-declarativa, também chamada de implícita ou procedural, inclui procedimentos motores, como andar de bicicleta, desenhar com precisão, quando dirigimos ou quando distraídos utilizamos o "piloto automático". Essa memória depende dos gânglios basais e não atinge o nível de consciência. Ela em geral requer mais tempo para ser adquirida, mas é bastante duradoura.

Memória, para a Wikipédia, é a base do conhecimento. Devendo ser trabalhada e estimulada. É através dela que o cotidiano apresenta  significado e as experiências são acumulamos, para serem utilizadas ao longo da vida.

Izquierdo (2004) considera que, de todas as doenças que são acompanhadas de alterações da memória, a ansiedade pronunciada e a depressão são as mais prejudiciais; e que o efeito da depressão é mais complexo. Com relação às perturbações de memória, sabe-se que a memória falha quando as sinapses encarregadas de fazer ou evocar um ou outro tipo de memória encontra-se em número diminuído ou estão inibidas ou alteradas.

Sapolsky (Internet), em seu artigo Memórias estressadas, escreve que uma certa dose de agitação pode até fortalecer a memória, entretanto depois de uma prolongada situação de estresse, o cenário mental e mesmo cerebral já não são tão satisfatórios. Refere que as ocasiões de emoção intensa, inclusive as estressantes, são arquivadas facilmente. O estresse pode melhorar a memória, mas pode levar à doença. O sistema nervoso simpático conduz o hipocampo a um estado maior de alerta, o que facilita a consolidação das memórias. A amígdala também está envolvida, pois é uma área do encéfalo essencial no processo da ansiedade e deste estado de alerta. A mobilizando da glicose na corrente sangüínea aumenta a força com que o sangue é bombeado para o cérebro, o que é uma tarefa do sistema nervoso simpático, com o objetivo de satisfazer as necessidades energéticas de potencialização dos neurônios. Os glicocorticóides são importantes hormônios liberados em resposta ao stress, secretados pela glândula adrenal, que também produz epinefrina (adrenalina). Esta age em segundos, e os glicocorticóides apóiam essa atividade ao longo de minutos ou horas.
Inês Cozzo Olivares, em Treinamento Orientado à Distância, refere que os seres humanos retém informações através dos cinco sentidos na seguinte proporção:
Paladar...................................1%
Tato.....................................1,5%
Olfato...................................3,5%
Audição................................11%
Visão....................................83%
A memória é um processo cerebral que envolve todo o corpo, agindo para fixar as informações. Portanto, a melhor forma de exercitar a memória é usá-la, em todos os sentidos e em todos os momentos.

A neurocientista Silvia Cardoso, em seu artigo, Memória: O Que é e Como Melhorá-la propõe uma estimulação cerebral.
Utilize ao máximo a sua capacidade mental. Desafie o novo. Aprenda novas habilidades. Se você trabalha em um escritório, aprenda a dançar. Se for um dançarino, aprenda a lidar com computador; se trabalhar com vendas, aprenda a jogar xadrez; se for um programador, aprenda a pintar.
Isto poderá estimular os circuitos neurais do seu cérebro a crescerem.

Prestar atenção.
Não tente guardar todos os fatos que acontecem, mas focalize sua atenção e se concentre naquilo que você achar mais importante, procurando afastar de si todos os demais pensamentos.
Exercício: pegue um objeto qualquer, por exemplo, uma caneta e se concentre nela. Pense sobre suas diversas características: seu material, sua função, sua cor, sua anatomia, etc. Não permita que nenhum outro pensamento ocupe a sua mente enquanto voce estiver concentrado na caneta.

Relaxar.
É impossível prestar atenção se você estiver tenso ou nervoso.
Exercício: prenda a respiração por dez segundos e vá soltando-a lentamente.
Associar fatos a imagens.
Aprenda técnicas neumônicas.Elas são uma forma muito eficiente de memorizar grande quantidade de informação.
Visualizar imagens.
Veja as figuras com os "olhos da mente".

Exercício:
Feche os olhos e imagine um bife frito, grande e suculento.
Sinta o o aroma e a maciez da carne.
Imagine-se cortando a carne com uma faca e um garfo e soboreando-a.
Se a sua boca se encheu de água enquanto você visualizou esta cena, então você fez um bom trabalho!
Faça exercícios com outros objetos como: um prato de sopa, uma taça de sorvete, uma torta de chocolate, em uma sala de dentista, em uma sala de exame, etc.

Alimentos.
Algumas vitaminas são essenciais para o funcionamento apropriado da memória: tiamina, ácido fólico e vitamina B12. São encontradas no pão e cereais, vegetais e frutas. Alguns especialistas afirmam que vitaminas sintetizadas melhoram a memória, mas outros duvidam dizendo que estudos não comprovaram que estes nutrientes funcionam.

Água.
A água ajuda a manter bem funcionante os sistemas da memória, especialmente em pessoas mais velhas. De acordo com a Dra.Turkington, a falta de água no corpo tem um efeito direto e profundo sobre a memória; a desidratação pode levar a confusão e outros problemas do pensamento.

Sono.
A fim de se conseguir uma boa memória, é fundamental que se permita sono suficiente e descanso do cérebro. Durante o sono profundo, o cérebro se desconecta dos sentidos e processa, revisa e armazena a memória.
A insônia leva a um estado de fadiga crônica e prejudica a habilidade de concentrar-se e armazenar informações.

Dicas tais como: tomar notas, organizar-se, usar um diário, manter-se em forma, check up regular da saúde, etc. (CARDOSO, Silvia)
Desta forma, desenvolver a memória equivale a estimular os principais órgãos dos sentidos: olfato, paladar, tato, visão e audição, bem como exercitar as lembranças remotas e atuais assim como o raciocínio e a inteligência. Formar novas ligações sinápticas oferece uma oportunidade de aumentar a transmissão de impulsos nervosos, oferecendo uma “malhação cerebral”, que conduz a uma memória que facilita a aprendizagem.
 

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