“Nada é. Tudo está.”

18/02/2012

Climatério - Envelhecendo com Saúde

 


A síndrome do climatério é um conjunto de sintomas que surgem no organismo humano a partir dos 40 anos.

Envelhecer não é uma tarefa fácil. A pele perde o viço; os cabelos, a cor; e o corpo muda. Ao chegarmos nessa fase da vida, nossa cabeça fica um tanto confusa, e o medo de envelhecer é um fantasma que nos atormenta. Homens e mulheres sofrem, com o passar dos anos, alterações hormonais e metabólicas que começam a ser sentidas em torno dos 40 anos, quando, para as mulheres, os sintomas da menopausa se iniciam, e para os homens, a diminuição da testosterona começa a causar algumas transformações.

As manifestações clínicas que surgem nesta fase da vida de homens e mulheres, recebem o nome de síndrome do climatério, que pode se iniciar antes ou depois da menopausa e andropausa, declinando depois dos 65 anos. "Alguns homens, com a modificação de seus níveis hormonais, podem apresentar alguns sintomas, que caracterizam a andropausa. Essa fase é diferente nas mulheres" afirma a ginecologista Marlizete Leopoldina Bezerra.
No climatério surgem modificações no metabolismo, nos ossos e nas taxas de gordura e açúcar no sangue (colesterol, glicose, etc).

Em relação à estrutura óssea existe, em condições normais, um equilíbrio entre a reabsorção e a formação do osso denominada de remodelação. Na pós-menopausa/andropausa há maior tendência de reabsorção do que formação óssea, provocando a redução progressiva do conteúdo mineral do osso (osteopenia) até a osteoporose. Em relação às gorduras, em virtude da queda de estrógenos, ocorre uma elevação das lipoproteínas de baixa densidade (mau colesterol - LDL) e diminuição das de alta densidade (bom colesterol - HDL), aumentando o risco de doenças cardiovasculares (angina, infarto, tromboses, etc). "Às vezes, as pessoas durante a fase de climatério podem entrar em depressão, não se alimentarem direito, fazerem dietas desequilibradas podendo chegar a ter o seu metabolismo modificado, com taxas altas de colesterol, glicose, triglicerídeos, e por conta disso desenvolvem cardiopatrias, diabete, etc" afirma Marlizete.

Por conta da diminuição das fibras de colágeno e de gorduras a pele fica enrugada, apresentando também manchas, decorrentes do aumento da fragilidade dos vasos sanguíneos. Na mulher, a produção de hormônios diminui, fazendo com que, as mamas sofram diminuições, tornando-se flácidas, devido à substituição do parênquima (tecido de preenchimento) por tecido gorduroso. "Essas mudanças decorrem dos níveis do hormônio folículo estimulante (FSH). Quanto mais alto seus níveis, mais intensos são os sintomas. Obviamente, depende também da sensibilidade de cada mulher a essas alterações hormonais."

Mas nem todos apresentam os sintomas decorrentes do climatério, salientando que eles dependem dos antecedentes pessoais e familiares. A predisposição ao desenvolvimento da síndrome é medida através do índice menopausal de Kupperman, que indica o risco de desenvolvimento do conjunto de sintomas que caracterizam o quadro clínico. "Existem mulheres que podem passar da vida reprodutiva para a menopausa sem sofrer estes sintomas".

Em relação às gorduras, em virtude da queda de estrógenos, ocorre uma elevação das lipoproteínas de baixa densidade (mau colesterol - LDL) e diminuição das de alta densidade (bom colesterol - HDL), aumentando o risco de doenças cardiovasculares (angina, infarto, tromboses, etc)

O período menstrual passa por alterações durante a vida, apresentando períodos mais longos ou mais curtos, até ocorrer a amenorreia (falta de menstruação) que, quando dura mais de um ano, caracteriza a menopausa. O climatério provoca também o aumento da vontade de urinar e a dificuldade de esvaziamento da bexiga, ocorrendo também a síndrome uretral (dor durante a micção, vontade de urinar intensa, desconforto na bexiga, etc). "Na mulher, insônia, instabilidade emocional, ondas de calor, diminuição da libido, ressecamento da pele e mucosas e dor durante as relações sexuais são características desse período. No homem ocorre mudança de humor e diminuição da libido" explica Marizete.

O tratamento da síndrome do climatério é feito através de reposições hormonais ou uso de fitoterápicos. "A reposição hormonal traz muitos benefícios, como o retardo do envelhecimento, a melhora da libido, da pele, evita patologias cardíacas, aterosclerose e osteoporose. O uso de fitoterápicos é uma opção mais natural e sem contraindicação, auxiliando a diminuição das ondas de calor. O uso combinado dessas duas técnicas e um acompanhamento adequado trazem uma melhora significativa na qualidade de vida da mulher nesse período". Amenizados os sintomas da síndrome do climatério, o bom mesmo é curtir a vida, com muita amor e coragem, já que a idade está apenas em nossas cabeças.

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