"Em todo adulto espreita uma
criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está
completo, e que solicita, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da
personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa"
Carl Gustav Jung psquiatra suiço
(1875-1961)
Muito
se fala sobre a criança interior, mas nem sempre conseguimos entender seu
verdadeiro significado e toda a transformação possível através do reencontro
com a mesma.
Assim,
com o intuito de elevar o conhecimento sobre o assunto e, consequentemente, o
autoconhecimento, começarei a partir desse artigo, uma série em que irei
abordar esse assunto com a profundidade e seriedade que ele requer, com
indicações de livros e filmes que com certeza poderão enriquecer seu
conhecimento.
Solicito
que ao ler essa série, o leitor utilize suas faculdades intuitivas, mais do que
as analíticas. Não pense que criança interior é aquela que veio do interior ou
seus filhos, mas sim aquela que vive dentro de nós. Acredito que os conceitos
da teoria de Carl Gustav Jung se fazem necessários para uma maior compreensão
do referencial teórico utilizado, onde alguns serão descritos ao final de cada
artigo.
Começaremos
com o *arquétipo da criança, que poderíamos chamar de a "grande" imagem
da criança interior, uma vez que ela é a criança que todos nós contemos, não só
como parte de nós, mas também como uma forma codificada da vivência coletiva
que a humanidade tem com relação à criança.
A
promessa que essa criança representa está dentro de nós, em nossas origens e
esperanças. O aspecto divino da criança interior que habita em todos nós é uma
fonte que, quando percebida conscientemente, pode nos oferecer coragem,
entusiasmo e, principalmente, cura. Ela é divinamente inspirada, irradiando luz
para quem a encontra e iluminando nossa **sombra.
É
importante salientar que a criança divina se distingue da criança interior
formada a partir da memória das vivências pessoais, ou seja, a criança
negligenciada, vítima de abuso, não amada, exageradamente disciplinada,
excessivamente criticada, cobrada e humilhada, assim como os aspectos
vulneráveis e carentes da criança que fomos um dia. É a criança de nossas
vivências e que todos nós desejamos curar para podermos recuperar a energia que
ainda resiste em forma de defesa, que acabamos por desenvolver para nos
proteger das primeiras experiências sofridas.
As
defesas podem ser muitas como forma inconsciente de fugir do que um dia sentiu,
seja através da fuga pelo álcool, comida, drogas, sexo, poder, dinheiro, enfim,
é a busca pelo externo com o intuito de não sentir o que está dentro. A criança
divina é um símbolo de transformação, o qual é portador da cura, daquilo que
torna inteiro. Curar essa criança interior através da criança divina significa
uma das tarefas mais sagradas e também nos possibilita não continuarmos
mantendo inconscientemente alguns padrões com nossos próprios filhos nem com
nós mesmos.
Independente
do histórico de vida de cada um, torna-se imprescindível o entendimento dessa
teoria para quem está em busca do seu verdadeiro 'eu', o self , pois sempre
parece nos faltar algo à nossa infância de verdade.
Infância
ideal e infância real
Em
geral, levamos dentro de nós uma imagem da infância ideal, daquela em que o
acolhimento e demonstrações de amor foram perfeitos. Essa imagem muitas vezes
poderá ser projetada nos outros e lamentando-nos por um ideal, idealizamos
relacionamentos e aumentamos nossa solidão e dor. Por trás dessas imagens da
infância real e da infância ideal está a imagem da criança interior divina, que
brota da camada arquetípica mais profunda de nosso ser.
A
criança interior divina tem a inocência, a espontaneidade e o anseio profundo
da alma humana por expandir-se e crescer. Às vezes, essa criança interior faz
exigências muito intensas, apresentando-se por emoções, ansiedade, depressão,
raiva, conflito, vazio, solidão, ou sintomas físicos. A força vital e natural
desse arquétipo quer o nosso reconhecimento e ao ser ignorada pode acarretar
sérias consequências quando adulto. Quando não fomos devidamente valorizados
quando crianças, diminuímos o valor da criança interior e assim mantemos as
vivências de nossa infância e seu sofrimento.
Para
encontrar essa criança abandonada o mais indicado é através do processo
analítico, ou seja, da psicoterapia com base no inconsciente, amparando essa
criança e compreendendo seus sentimentos, pois a cura só acontece quando
lamentamos nossos sentimentos mais íntimos. Assim, desenvolvemos ***a função
transcendente, que nos conduz à revelação do essencial no homem. No início não
passa de um processo natural. Jung deu a esse processo o nome de ****processo
de individuação, o qual parte do pressuposto de que o homem é capaz de atingir
sua totalidade, isto é, de que pode curar-se.
E
essa cura pode muitas vezes ser obtida quando se encontra essa criança, muitas
vezes abandonada, mas que nem sempre conseguimos reconhecer sua existência,
principalmente pelo fato da resistência e máscaras que vamos desenvolvendo no
decorrer da vida e que nos distancia de nosso verdadeiro eu.
O
primeiro passo no processo de individuação é explorar a persona (máscara), pois
embora tenha funções protetoras importantes, ela é também uma máscara que
esconde o self, nosso verdadeiro eu, o inconsciente e tudo que ele contêm e que
serão explorados no próximo artigo.
*Arquétipo:
conteúdos do inconsciente coletivo.
**Sombra:
tudo aquilo que não percebemos e não aceitamos, e que gostaríamos de não ver.
Parte obscura e inconsciente.
Será
que você sempre age como criança?
As
dificuldades e conflitos que você sente podem ser um reflexo da falta de
conexão com sua criança. Sabe que ao reencontrá-la, ela poderá te ajudar? O
fato de negar essa criança e suas necessidades pode fazer com que você busque
satisfazê-la sem controle, pois tudo acontece de forma inconsciente. Ou seja,
você não pensa para agir desse ou daquele modo, simplesmente age, e quando isso
acontece, provavelmente quem está agindo é sua 'criança', sua parte
inconsciente.
Todos
nós temos dois aspectos em nossa personalidade: o 'adulto' e a 'criança'.
Quando essas duas dimensões estão em sintonia, temos uma sensação de
totalidade. Quando por alguma razão estão desconectadas, a sensação interior
poderá ser de conflito e vazio.
Quando criança, buscamos aliviar nossas necessidades de forma imediata. Por exemplo, a criança quando quer comer, não quer saber se tem comida, quem vai fazer, se tem dinheiro, ela quer comer e pronto! Quando ela quer dormir, não pensa se pode ou não pode dormir naquele exato momento, ela simplesmente dorme! Ou seja, espera que suas necessidades sejam atendidas na hora. Quantos adultos não agem como criança e desejam que seus desejos e necessidades sejam satisfeitos da mesma forma: imediatamente? As pessoas que têm dificuldade em obter controle em suas ações, geralmente, agem da mesma maneira, não pensam, simplesmente agem, sem medir as conseqüências.
Quando criança, buscamos aliviar nossas necessidades de forma imediata. Por exemplo, a criança quando quer comer, não quer saber se tem comida, quem vai fazer, se tem dinheiro, ela quer comer e pronto! Quando ela quer dormir, não pensa se pode ou não pode dormir naquele exato momento, ela simplesmente dorme! Ou seja, espera que suas necessidades sejam atendidas na hora. Quantos adultos não agem como criança e desejam que seus desejos e necessidades sejam satisfeitos da mesma forma: imediatamente? As pessoas que têm dificuldade em obter controle em suas ações, geralmente, agem da mesma maneira, não pensam, simplesmente agem, sem medir as conseqüências.
A
criança interior quando se sente desesperadamente isolada e solitária, por não
ser reconhecida e nem atendida em suas necessidades, em geral é impulsiva, sem
controle dos seus comportamentos, fazendo as coisas sem pensar, como comer,
comprar, beber, jogar... tudo de maneira compulsiva. A criança geralmente tem
um adulto que pensa por ela e a orienta de maneira adequada, mas e você? É
importante, portanto, não agir como a criança que quer tudo na hora e aprender
a adiar o prazer.
Mas
como fazer isso? Para aprender a entrar em contato com a criança que você foi
um dia, procure lembrar de como se sentia quando queria algo e como suas
necessidades eram atendidas. Você passou por algum tipo de privação? Ou
aconteceu o contrário, tinha tudo que queria, na hora que queria? Primeiro
identifique as situações e comportamentos em que não consegue ter controle.
Quando surgir alguma dificuldade, é importante identificá-la para que não
busque outras formas de aliviar a tensão emocional reprimida. Por exemplo,
quando estiver com problemas no trabalho ou na relação afetiva, identifique o
que te causa angústia e insatisfação e procure resolver de forma saudável, para
que não busque outras formas de compensação.
Pessoas
que sentem necessidade em obter satisfação imediata em alguma situação, em
geral sentem essa mesma necessidade em todas as áreas de sua vida. Mas você
pode ir se exercitando em adiar seu prazer de maneira imediata. Por exemplo, ao
sentir necessidade em ligar a televisão no exato minuto em que entra em sua casa,
tente adiar esse prazer. Se precisar comprar algo imediatamente ao ver na
vitrine, tente adiar sua ida às compras em vez de comprar compulsivamente.
Durante uma discussão, procure pensar antes de falar, evitando agir de maneira
compulsiva. Assim estará treinando sua capacidade de adiar o prazer.
É
a parte criança que age sem pensar. Mas você poderá orientá-la do que é certo.
Para fazer isso, você pode deitar, fechar os olhos e imaginar-se conversando
consigo mesmo quando criança, como se realmente estivesse com uma criança à sua
frente, e dizer palavras que poderão ensinar-lhe como agir sem que prejudique
seu adulto.
Ouça
sua criança. Se você a encontrasse nesse exato momento, o que ela pediria a
você? Que tal levá-la para passear, brincar um pouco mais? Quem sabe fazê-la
apenas sorrir? Ouça também seu adulto e lembre-se que desejos e comportamentos
atuais podem estar apenas ocultando necessidades não atendidas de sua criança.
Aprender
a identificar suas necessidades não atendidas, é mais importante para você, do
que satisfazer seus desejos imediatos de maneira compulsiva. Comece a pensar e
agir de maneira equilibrada. Por trás de toda necessidade compulsiva existe uma
criança, buscando suprir necessidades que, em geral, estão muito distantes das
maneiras que os adultos buscam supri-las.
Nos
momentos de desejo incontrolável, você deve pensar no que é mais importante:
satisfazer um desejo imediato ou adiar o prazer e alcançar os resultados que
deseja? Adiar a satisfação quando estiver diante da alguma tentação,
proporcionará resultado e prazer ainda maiores. Sua motivação para atingir seus
objetivos aumentará, seu amor por você mesmo e por sua criança, que na verdade
não quer comida, roupas, beber, jogar, mas com certeza deseja um pouco mais de
atenção, carinho e amor!
Conheça
as necessidades do seu 'lado criança'
Você
se lembra do brinquedo preferido que teve quando criança? E qual foi o momento
mais feliz da sua infância? Quantas coisas você fazia quando criança que nem se
lembra mais? Por onde anda aquele sentimento de alegria, espontaneidade, ânsia
em crescer?
Por
que não resgatar o que era bom? A criança é uma das maiores fontes de alegria e
ao resgatarmos está alegria, ficamos mais inspirados, criativos e menos
estressados. Se a sua criança e criatividade ficaram adormecidas, desperte-as!
Todos
nós temos dois aspectos em nossa personalidade: o adulto e a criança. A criança
interior representa todas as nossas lembranças da infância, nossas emoções,
nossos sonhos. É a fonte da criatividade, a promessa de futuro, o símbolo da
transformação e crescimento. Contém os sentimentos, lembranças e vivências da
infância. É a totalidade da psique, a parte genuína que perdemos quando
adultos. É tudo o que foi abandonado e ao mesmo tempo, é divinamente poderosa.
Ela é o ser, o sentir, o vivenciar e o viver. É pura sensibilidade. Está
presente em nossas fantasias, devaneios, sonhos, desejos, imaginações,
intuições e principalmente, em nossas emoções.
Também
quando você brinca, tem prazer naquilo que faz. Está presente também na parte
de nossa psique que vivencia a angústia e o sofrimento. Quando você chora, quem
está chorando é sua criança; abandonada, sozinha. Quando você cria algo também
é sua criança. Ela é nossa maior fonte de criatividade e busca do prazer. Mas
infelizmente, muitos quando adultos, buscam esse prazer na fuga pela comida, no
álcool, nas drogas, porém de forma destrutiva.
A
característica de um adulto com sua criança interior abandonada é quando está
quase sempre com medo de estar errado, é como se a criança que foi um dia,
acreditasse ser essa a razão por ter sido rejeitada, abandonada. Primeiro por
seus responsáveis e depois pelo seu próprio adulto.
Desenvolve
assim a necessidade de ser perfeita, buscando aprovação dos outros por estar
desconectada com quem realmente é. Perde-se a conexão com ela ainda criança,
quando sentia que seus sentimentos não importavam, não se sentindo valorizada e
amparada. Quando não sentia permissão para expressar sentimentos de tristeza,
raiva, perda, frustração. As cobranças também contribuem para esse afastamento,
principalmente as internas. Temos que produzir até quando estamos em férias ou
na praia num sábado de sol, não se pode perder tempo. Não se admira mais a
natureza, as coisas simples. O dinheiro se sobrepõe ao carinho, a atenção, ao
amor.
O
brinquedo do adulto
Os
fracassos, as decepções, a culpa, a humilhação, tudo conduz à perda da criança.
Para os adultos hoje brincar implica em ir a restaurantes, beber e ter poder.
Brincar é muito diferente, é o que acontece espontâneo, não planejado, como
quando você rola no chão fazendo cócegas no seu amor, quando você joga apenas
para brincar, não ganhar. Quando há entrega, envolvimento. Você já observou uma
criança brincando? Mas mesmo não tendo uma criança real, é possível brincar, se
soltar.
A
necessidade de encontrar a criança interior faz parte da jornada de todo ser
humano que se encaminha na direção do autoconhecimento e de sua totalidade.
Ninguém teve uma infância perfeita. Todos nós carregamos questões inconscientes
que não foram resolvidas. Sabemos que 80 a 95% das pessoas não receberam
atenção adequada quando criança, por isso o resgate da criança interior se
torna a tarefa da maioria das pessoas. Afinal, o que há de mais rico e sagrado
dentro de cada um de nós e que ninguém poderá nunca pegar, roubar, levar se não
tiver nosso consentimento? Nossos sentimentos! E só chegamos nele através da
Criança Interior.
É
buscar o que lhe dá prazer, porém de uma forma saudável. É se permitir brincar,
pular corda, jogar peão, jogo de botão, se sujar na terra, tudo aquilo que você
fazia quando criança, mas com o objetivo de resgatar sentimentos como a
alegria, espontaneidade, esperança e criatividade. As pessoas tendem a
confundir ser criativo com ser infantil, inconveniente, e uma coisa não tem
nada haver com a outra.
A
criança é pura emoção. Quem não consegue ter controle das suas emoções é porque
não reconhece as necessidades da criança e nem sabe que seus descontroles são
reações dela. Quando você está triste, chorando, sem controle, na verdade é sua
criança que faz você sentir tudo isso, pois é o que ela está sentindo desde sua
infância. Se ela não for tratada com o amor que esperava, vai ficar esperando e
muitas vezes buscando nas outras pessoas este amor, mas só uma pessoa pode dar
isso a ela: você!
Quando
há dificuldade em vivenciar as próprias emoções, fica mais difícil o processo
de individuação, autoconhecimento. Quando há esse reencontro, há uma
transformação, uma mudança de perceber a vida. Transformamos nossa consciência,
crescemos, transcendemos, vivenciamos mais poder pessoal e de escolhas. Não
permitimos mais relacionamentos doentes e destrutivos e começamos a assumir
mais a responsabilidade pela nossa felicidade, a ter respeito pelos nossos
sentimentos.
Há
ainda um resgate da espontaneidade de pensamento, a autenticidade, criatividade
na solução de problemas, formas originais de expressão, capacidade de
arriscar-se, ir a busca de oportunidades, e o mais importante, ao aprender a
cuidar de sua própria criança: maior equilíbrio emocional.
A
criança interior amada é instintiva, confiante, intuitiva, criativa,
imaginativa, curiosa, apaixonada, suave, sensível. O resgate da criança
interior é o elemento mais importante do trabalho terapêutico. É a maior fonte
de autoconhecimento. Aumenta a autoestima e provoca paz e alegria. É a essência
do amor, o verdadeiro encontro consigo mesmo. É quando você aprende a se amar!
1. Reconheça
que a criança que você foi um dia permanece dentro de você. Afinal, quando
amamos alguma coisa ela tem valor para nós, e quando alguma coisa tem valor
para nós passamos tempo com ela e cuidamos dela.
2. Entre em contato com a sua criança interior.
3. Em estado de relaxamento em um local tranquilo, visualize seu quarto de dormir quando pequeno. Recorde o local, as cores, os objetos, o cheiro. Veja sua cama e dormindo nela, você. Aproxime-se, passe a mão nos cabelos dessa criança e acorde-a. Olhe bem em seus olhos e pergunte a ela o que mais quer e precisa. Ouça a resposta. Depois diga a ela que está a seu lado sempre e que a ama muito. Abrace-a fortemente. Permita-se sentir a emoção deste momento.
4. Quando estiver triste, abrace-se como se estivesse abraçando uma criança em seu colo. Diga palavras de tranquilidade, transmitindo-lhe muita paz e amor.
5. Ampare e apoie todos seus sentimentos.
6. Não viva segundo as regras dos outros, apenas respeite-as.
7. Compre um urso, boneca ou um cachorrinho de pelúcia e coloque em sua cama. Quando estiver triste, converse com ele, como fazem as crianças.Pode ser também um carrinho, autorama e brinque!
8. Vá ao supermercado e compre apenas aquilo que gosta. E coma, sem culpas! Mas também sem exageros.
9. Pegue uma foto sua de criança e coloque num porta retrato. Todos os dias olhe para a foto com carinho, transmitindo-lhe amor.
10. Reserve um tempo e leve sua criança para passear, brincar, se divertir. Permita-se!
2. Entre em contato com a sua criança interior.
3. Em estado de relaxamento em um local tranquilo, visualize seu quarto de dormir quando pequeno. Recorde o local, as cores, os objetos, o cheiro. Veja sua cama e dormindo nela, você. Aproxime-se, passe a mão nos cabelos dessa criança e acorde-a. Olhe bem em seus olhos e pergunte a ela o que mais quer e precisa. Ouça a resposta. Depois diga a ela que está a seu lado sempre e que a ama muito. Abrace-a fortemente. Permita-se sentir a emoção deste momento.
4. Quando estiver triste, abrace-se como se estivesse abraçando uma criança em seu colo. Diga palavras de tranquilidade, transmitindo-lhe muita paz e amor.
5. Ampare e apoie todos seus sentimentos.
6. Não viva segundo as regras dos outros, apenas respeite-as.
7. Compre um urso, boneca ou um cachorrinho de pelúcia e coloque em sua cama. Quando estiver triste, converse com ele, como fazem as crianças.Pode ser também um carrinho, autorama e brinque!
8. Vá ao supermercado e compre apenas aquilo que gosta. E coma, sem culpas! Mas também sem exageros.
9. Pegue uma foto sua de criança e coloque num porta retrato. Todos os dias olhe para a foto com carinho, transmitindo-lhe amor.
10. Reserve um tempo e leve sua criança para passear, brincar, se divertir. Permita-se!
Resgate seu lado criança em três
passos
Hoje
eu gostaria de falar sobre o seu Eu Criança!
É
claro que, quando falo da criança interior, existe muito a ser dito. Existem
muitas facetas dessa criança que mora dentro de você e, acredite, muitas delas
precisam ser urgentemente curadas.
Mas
neste artigo quero falar da "Criança Sagrada", porque sem ela nos
tornamos meros homens-robô cumpridores de tarefas. Sem ela a vida se torna
chata e monótona e nada parece nos interessar de verdade.
Um
dia você foi pequenininho, lembra? E tudo ao seu redor era novo, grande e
encantador. Talvez até mesmo assustador!
Naquele
tempo, as coisas que hoje você acha pequenas eram os "grandes
eventos" do seu dia a dia: a gota de água escorrendo na janela, o feijão
que magicamente brotou do algodão, o gosto horrendo daquele óleo de fígado de
bacalhau (sorte sua se não teve que passar por isso!). Naquele tempo, antes de
ter desaprendido a viver naturalmente, você era simplesmente... você. É claro
que o mundo parecia um infinito campo de descobertas, cheio de mistérios, mas
era exatamente a presença dos mistérios que tornava tudo tão interessante e
divertido.
Você
cresceu, e foi aprendendo a nomear tudo, a entender tudo e os mistérios foram
sendo desvendados. Você foi se sentindo mais esperto ao dominar o mundo, as
contas, as palavras, a biologia, etc, mas o que aconteceu é que você foi se
perdendo daquela magia. Deixou de perceber os círculos que o vento traçava na
superfície de um lago solitário. Deixou de perceber o som das asas dos
beija-flores, deixou de perceber que, agora mesmo, enquanto você lê estas
palavras na tela do seu computador, infinitas estrelas brilham em um
inexplicável universo ao seu redor. Você deixou de perceber o quanto tudo era sagrado.
Você deixou de sorrir para as pessoas, de pisar na grama, de acreditar e de
chorar. Talvez você tenha até mesmo deixado de amar, com medo de que não
correspondessem ao seu amor.
Sem
a presença da criança sagrada, a vida vai ficando cada vez mais chata, cinza e
sem graça. Mas, acredite, não precisa ser assim. Você pode agora mesmo fazer
como antes, e sair por aí olhando as pessoas nos olhos e sendo exatamente quem
você é sem se importar tanto com o que elas pensam de você. Mas para isso você
precisa reencontrar essa criança e trazê-la para bem pertinho de você. Ela não
está longe... bastam três passos! Eu convido você a dar cada um deles comigo,
agora. Está pronto??? Então vamos lá!
1º)
O primeiro passo é: DIVERTIR-SE MAIS!
Entenda,
você não está aqui, no planeta, para fazer tudo certo. Só o que você precisa é
viver as experiências que a vida lhe trouxer e aprender com elas! Ora, toda
criança sabe disso!!! As crianças brincam, e assim aprendem um monte de coisas.
Já nós, adultos, levamos tudo tão a sério, e queremos ser sempre tão perfeitos,
que tiramos toda a graça da vida. Preste atenção: Quando você estiver indo para
uma reunião muito importante, ou para uma entrevista de emprego, ou para um
primeiro encontro com alguém por quem você esteja interessado; faça de conta de
que tudo se trata de uma brincadeira, e que o que realmente importa é a
experiência e o aprendizado, "e não o resultado". Relaxe, seja
simplesmente você mesmo e tente se divertir. Abra mão do peso, porque quando
carrega esse peso nas suas costas você faz as coisas com muito mais dificuldade
do que faria se estivesse leve e livre para simplesmente fluir com a vida.
Ok? Então vamos para o passo número 2... que é....
Ok? Então vamos para o passo número 2... que é....
2º)
TER A CORAGEM DE ARRISCAR!
Eu
sei, esse é um passo um pouco mais avançado. Estamos tão acostumados a buscar
segurança que contratamos o medo como nosso guia para as decisões de nossa
vida. Mas que sentido faz viver uma vida conduzida pelo medo? Temos medo de
errar, medo de nos frustrar, medo do futuro, medo até mesmo de acertar... Mas a
verdade é que não há vida sem risco. Não mesmo! Sem risco a vida é apenas uma
repetição monótona daquilo que já conhecemos. Você precisa sair do curso de vez
em quando, escolher um caminho diferente, provar novos sabores, agir de
maneiras diferentes. Arrisque dizer o que sente, ir atrás do que quer,
acreditar que é capaz! Certa vez li em um livro algo assim: "Loucura é
querer obter resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa". É
verdade. Olhe para a sua vida! Ela é resultado daquilo que você sempre fez. Se
quiser mudar algo nela, trate de arriscar fazer algo diferente!
Pronto para o último passo???
Pronto para o último passo???
3º)
AMAR ...
Simples
assim. Quantas vezes ficamos presos em bifurcações sem saber o que decidir? E
nessa indecisão acabamos causando dor. Machucamos a nós mesmos e aqueles que
estão ao nosso redor. Mas as coisas ficam mais simples quando nos dispomos a
simplesmente amar. Talvez você possa simplesmente se perguntar: "Qual é a
decisão mais amorosa? " Entenda que uma decisão amorosa sempre acaba sendo
a melhor para todos os envolvidos, mesmo que não pareça ser assim.
É
incrível a enorme quantidade de força que recebemos quando começamos a
exercitar isso em nossa vida. De repente descobrimos que não precisamos mais ficar
paralisados frente a cada escolha, a cada bifurcação em nosso caminho de vida.
Nos movemos, e no movimento aprendemos, crescemos e nos sentimos novamente
vivos. A Criança Sagrada desperta de novo em nossa vida, e o mundo se torna
subitamente cheio de mistérios a serem desvendados.
Tenha certeza, a vida
estará a seu lado!
Agora é com
você!
Lembre-se: São apenas três passos: D.A.A. (Divertir-se, Arriscar, Amar).
Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/crianca01.htm
Lembre-se: São apenas três passos: D.A.A. (Divertir-se, Arriscar, Amar).
Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/crianca01.htm
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