Compreendemos o mundo através de nossos cinco sentidos: olfato, paladar, tato, audição e visão.
O olfato e o paladar nos informam sobre a natureza química do que nos cerca. O nariz e a boca colhem as informações, e o cérebro as interpreta. O olfato e o paladar estão ligados.
O olfato é o resultado da interação físico-química entre as moléculas que estão presentes no ar que respiramos e de certos receptores localizados dentro de uma pequena área dentro do nariz. Essa área dentro do nariz tem o nome de epitélio olfativo e, é muito sensível: poucas moléculas são suficientes para estimulá-lo, produzindo a sensação de odor. Esses receptores transformam a informação olfativa em linguagem especial (impulso nervoso), capaz de ser compreendida pelo cérebro. O olfato humano é menos desenvolvido, em relação ao de outros mamíferos.
O olfato foi, até há bem pouco tempo atrás, o sentido menos pesquisado. Somente há quinze anos foi estudado mais profundamente. Heinz Breer, neurofisiólogo alemão, da Universidade de Stuttgart-Hohenheim, é o responsável por um importante estudo: ele pesquisou como os estímulos químicos que chegam ao nariz são transformados em sinais elétricos que o cérebro capta para transformar em sensação. Por esta pesquisa, Breer recebeu o Prêmio Leibniz da Sociedade Alemã de Pesquisa (DFG).
Olfato nos animais: Através dos cheiros os animais podem reconhecer e localizar alimentos, fugir de predadores e encontrar parceiros para o acasalamento. Nessa hora, os animais liberam uma secreção com algumas substâncias que atraem o parceiro - são os feromônios.
Mas nem todos os animais sentem os cheiros da mesma maneira. Os que possuem um sistema olfativo extremamente desenvolvido são chamados de hipermacrosmáticos, como, por exemplo, o ornitorrinco, o gambá, o canguru e o coala. O porco também tem um excelente olfato, embora menor que o grupo anterior. Ele e todos os animais carnívoros e ungulados (mamíferos cujos dedos têm cascos) são considerados macrosmáticos.
Mas nem todos os animais sentem os cheiros da mesma maneira. Os que possuem um sistema olfativo extremamente desenvolvido são chamados de hipermacrosmáticos, como, por exemplo, o ornitorrinco, o gambá, o canguru e o coala. O porco também tem um excelente olfato, embora menor que o grupo anterior. Ele e todos os animais carnívoros e ungulados (mamíferos cujos dedos têm cascos) são considerados macrosmáticos.
O sistema olfativo dos humanos e dos primatas é pouco desenvolvido, ou seja, nós e os macacos somos microsmáticos. Existem também alguns animais que não possuem esse sistema, como o golfinho e a baleia, que são anosmáticos (não sentem cheiros).
Tato: É a percepção da pressão pelas terminações nervosas existentes na pele - essas terminações nervosas são os receptores táteis. O sentido do tato não está na camada externa da pele (epiderme), mas na segunda (derme). A camada externa está morta e, se desmancha com facilidade. Abaixo da pele, os neurônios sensoriais registram as sensações percebidas. A pele é o maior e mais pesado órgão do corpo humano (corresponde a 15% do peso corporal). A pele é também o principal órgão da regulação da temperatura corporal, através de diversos mecanismos. A pele absorve os óleos essenciais através da massagem, que são transportados para a corrente sangüínea. A Aromaterapia utiliza dois sentidos - olfato (inalação) e o tato (massagem).
Tato nos animais: Todos os animais respondem ao tato, às carícias. Neurologistas descobriram que, quando a mãe lambe os filhotes, provoca modificações químicas neles. Se o filhote é separado de sua mãe, diminuem seus hormônios de crescimento. Para esses filhotes, o melhor tratamento foi com uma massagem mais vigorosa, com um pincel, que simulava a língua da mãe.
A Aromaterapia é a utilização terapêutica dos óleos essenciais, que são compostos voláteis extraídos das plantas por processos que variam desde a destilação até a extração por solventes. Os óleos essenciais são considerados os "hormônios" da planta - sua síntese. São, quimicamente, bem diversificados assim como possuem diferentes atuações.
O termo Aromaterapia foi criado em 1928, por René Maurice Gattefossé, químico francês. É formado por duas palavras: “aroma” que significa “cheiro agradável”, e “terapia”, que é o “tratamento que visa a cura de uma indisposição mental ou física”. A descoberta de Gattefossé aconteceu quando queimou suas mãos devido a uma explosão em seu laboratório. Mergulhou-as imediatamente em essência de lavanda e percebeu que a queimadura sarou muito rapidamente, sem ocorrer nenhuma infecção ou cicatriz. Passou então a estudar sobre as propriedades antissépticas, bactericidas e anti-inflamatórias dos óleos essenciais.
Aromaterapia é uma forma de se tratar desequilíbrios, através da inalação e da aplicação externa de óleos essenciais. A ação terapêutica das essências se dá num nível elevado, mais sutil, que o da planta inteira ou de seu extrato, tendo, em geral, um efeito mais pronunciado sobre a mente e as emoções. É um ramo da osmologia, que consiste em tratamento baseado no efeito que os aromas de plantas são capazes de provocar em animais e humanos.
Os animais, por terem o olfato muito desenvolvido (e o tato também), reagem muito positiva e rapidamente ao tratamento. É considerada uma terapia complementar, embora seja um tratamento bastante antigo, que surgiu da fitoterapia e que é comumente usada em conjunto com esta. É utilizada no tratamento das mais variadas enfermidades e desequilíbrios, sendo considerada uma terapia holística.
Dra. Martha Follain |
Colunista do site GREEPET. |
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