“Nada é. Tudo está.”

04/04/2012

A musicoterapia de Beethoven

A obra sublime de Beethoven
Quase dois séculos depois de ter sido criada, a música imortal
deste grande artista alemão continua chegando até nós
com a mesma força que arrebatou seus contemporâneos.
 
Um dos maiores mestres da música de todos os tempos, Beethoven é também considerado o mais profundo, o mais misterioso, pois viveu em estreita conexão com aquele plano mais insondável da vida, incompreensível para alguns, inatingível para muitos. E foi através de sua obra que ele procurou transmitir um pouco desse  mistério incomensurável a que seu espírito extremamente sensível teve acesso: esse sutil mundo superior, tão distante das consciências menos refinadas, voltadas apenas para os aspectos superficiais da vida e condicionadas pela cultura massificante, presas sobretudo à simbologia limitada dos valores materiais. A música é uma forma direta de comunicação: ela fala de coração para
coração. Ao mesmo tempo, porém, sua linguagem pode alcançar a dimensão mais profunda, sublime, abrangente e essencial daquilo que é superior, tangenciando a natureza ilimitada da universalidade cósmica.
E Beethoven, como poucos, conseguiu plasmar em sua criação cintilações desse plano, desse mundo mágico, pleno de êxtase, cujos atributos são inacessíveis à razão.
Assim, para penetrar o universo beethoveniano, é necessário cultivar outros  sentidos, como o discernimento, a percepção superior, a intuição ou qualquer outro nome que se queira dar aos elementos da sensibilidade humana que ultrapassam a mente discriminativa, analítica, racional e o âmbito dos sentimentos inferiores, como a paixão egoísta.
Porque a música desse grande mestre só pode ser alcançada quando se transcende o universo conceituai ou intelectual a que o homem comum está preso, quando se  ultrapassa aquilo que equivocadamente foi estabelecido como o limite dos sentidos do ser humano.



 

As sinfonias de Beethoven

A música dos grandes mestres sempre foi um importante instrumento utilizado nas escolas iniciáticas para elevar a capacidade de percepção. Em musicoterapia não é diferente, e a música de Beethoven, em particular, tem o dom de gerar profundas mudanças na vida de seus ouvintes, através de um diálogo sutil que constantemente se renova.
A seguir, uma síntese dos efeitos das principais sinfonias de Beethoven.


• Primeira Sinfonia: estimulaa motivação e a auto-confiança;

• Segunda Sinfonia: geragrande força de vontade,poder de decisão; podepromover profundas
transformações em mentespassivas;

• Terceira Sinfonia: contribuipara equilibrar o sistemanervoso; combate a tensão, opessimismo, a incerteza e odesânimo;

• Quarta Sinfonia: transmiteforte carga de sentimentosaltruístas; ajuda a eliminar
sentimentos negativos como oódio, o egoísmo, o ciúme, ainveja, o desejo de vingançae a luxúria;

• Quinta Sinfonia: estimula a reflexão existencial, levando o ouvinte a pensar em seu processo dialético e na própria vida;

Sexta Sinfonia: desperta a criatividade, particularmente no plano artístico, estimula a esperança, a utoconfiança e a busca de novos caminhos;

• Sétima Sinfonia: propícia a auto-análise e, conseqüentemente, amplia o autoconhecimento; permite maior aprofundamento no inconsciente e encoraja o caminho da spiritualidade;

• Oitava Sinfonia:
eleva o discernimento, abrindo os campos da consciência a formas superiores de ser e de
perceber;

• Nona Sinfonia:
 induz à devoção mística e permite o contato com estados mais refinados de consciência.

A "Décima Sinfonia":
acredita-se, nos' meios esotéricos, que Beethoven teria composto mais uma sinfonia que nunca publicou.
Tal decisão seria devida ao caráter insólito e aos efeitos excessivamente intensos e profundos que sua audição poderia provocar, gerando reações inusitadas e sentimentos estranhos em
pessoas menos preparadas para o contato com as esferas mais sutis da realidade.
Assim, a Décima Sinfonia teria sido reservada apenas para alguns discípulos especiais das escolas
iniciáticas.

Fonte: Livro Medicina Natural de Márcio Bontempo

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