A couve
está sendo chamada de bife vegetal pelo seu poder, mesmo grandioso, de
nutrição. Comparada com outras verduras, está num patamar muito superior
quando o tema são proteínas. Em tempos de revolução “verde”, onde ambientalistas defendem
a redução da criação de animais (já que este seguimento da agroindústria é tido
como um dos maiores contribuintes para o aquecimento global), onde é cada vez
maior o número de vegetarianos, e também dos defensores de uma alimentação
mais saudável, há alimentos que estão recebendo o título de “future food”, ou a
comida do futuro. Causa disso, as investigações científicas vêm
centrando-se em descobrir quais são os vegetais que podem suprir a
alimentação do ser humano de uma maneira mais completa, principalmente em proteínas.
Como resultado, a couve já é chamada de bife verde. Além de ser totalmente
capaz de suprir o organismo com as proteínas necessárias, contém um arsenal de
nutrientes, que são fundamentais para a manutenção da saúde.
Nutrição
completa
Inflamações
como artrite, doença cardíaca, entre outras condições autoimunes, estão
associadas ao consumo de produtos animais. A couve, assim, é uma excelente
alternativa, não só para substituir o consumo de carne (para os vegetarianos),
como para que o organismo não sofra deficiência de proteínas (para aqueles que
querem descansar o corpo do bife diário). Sendo um dos principais alimentos
anti-inflamatórios no reino vegetal, é potencialmente indicada para
prevenir, e até mesmo reverter essas doenças.
Por
cada caloria, uma folha de couve possui mais ferro que um bife, e mais cálcio que
o leite. Contêm grande riqueza em fibra, que é um macronutriente (leia-se
que é uma necessidade diária do corpo humano). Quantidade insuficiente de
fibras é uma das principais causas de desordens no aparato digestivo. Alimentos
ricos em proteína animal, como a carne, possuem pouca, ou quase nenhuma fibra.
Já uma porção média de couve garante 5% da ingestão diária recomendada.
Se
um pedaço de carne, normalmente, o que fornece são gorduras saturadas, a couve
é rica em Ácidos Graxos Ômega 3, onde a porção média contém 121 miligramas
de Ômega 3 e também Ômega 6. É rica em carotenóides e flavonóides, que são
antioxidantes.
Os
defensores do desenvolvimento sustentável do planeta, e os adeptos da
comida saudável e orgânica, apontam outro motivo para que a couve substitua a
carne: Couve cresce com facilidade em quase todos os tipos de clima, o cultivo
é relativamente simples, seja numa fazenda, seja em casa. Por outro lado, para
que se produza 1 quilo de carne bovina são necessários 16 quilos de
grãos, 11 vezes mais a utilização de combustível fóssil, e cerca de 2.400
litros de água.
Se apesar desta enorme diferença no custo de produção, e de todos
os benefícios nutricionais, seu cérebro está achando difícil construir a imagem
mental de um churrasco de couve, calma. Enquanto a realidade do planeta
permitir que as “future food” não sejam obrigação, basta apenas incrementar o
consumo deste vegetal, pelo menos para primar pela saúde.
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