Considerações Gerais
O que são vitaminas?
São elementos nutritivos essenciais para a vida (VITA), que na sua
maioria possuem na sua estrutura compostos nitrogenados (AMINAS), os quais o
organismo não é capaz de sintetizar e que, se faltarem na nutrição, provocarão
manifestações de carência ao organismo. O corpo humano deve receber as
vitaminas através da alimentação, por administração exógena (injeção ou via
oral), ou por aproveitamento das vitaminas formadas pela flora intestinal
(algumas vitaminas podem ser produzidas nos intestinos de cada indivíduo pela
ação da flora intestinal sobre restos alimentares).
A falta de vitaminas pode ser total - avitaminose -, ou parcial -
hipovitaminose. Em ambas as situações, podem surgir manifestações classificadas
como doenças carenciais.
A falta de vitaminas pode ser provocada por:
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redução de ingestão.
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pela diminuição da absorção.
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pelas alterações da flora intestinal.
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pelas alterações do metabolismo.
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pelo aumento de consumo.
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O excesso de vitaminas - hipervitaminose - pode ser a conseqüência da
ingestão, ou da administração exagerada de vitaminas.
Nota importante: quem deve diagnosticar
uma falta ou excesso de vitaminas é o médico. A ingestão de vitaminas,
indiscriminadamente, pode causar e, mesmo, agravar algumas doenças. -
Lembrete: Nada, nenhum tipo de tablete, pílula ou cápsula pode substituir uma
dieta saudável ou compensar uma má dieta. Para uma boa nutrição e boa saúde a
solução é simples: alimentação rica em nutrientes como frutas, vegetais e
grãos.
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Classificação das Vitaminas
Hidrossolúveis
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B1
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B2
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B6
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B12
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Biotina
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Ácido Pantotênico
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Niacina, ou Niacinamida, ou então, fator PP (PP de Previne Pelagra)
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Ácido Fólico
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C
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Bioflavonóides.
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Lipossolúveis
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A
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D
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E
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F
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K
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A Vitamina F não é mais considerada como sendo uma vitamina.
A primeira vitamina descrita foi a A. Depois, foi descoberta a vitamina
B. Seguiu-se um desdobramento: a vitamina B era composta de diversos elementos;
daí surgiram a B1, B2, B3 e, sucessivamente, mais algumas. Daí, a denominação
"Complexo B".
VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
VITAMINA C
Histórico: o escorbuto é a doença causada pela falta da vitamina C,
sendo conhecida desde o tempo das cruzadas e diagnosticada principalmente nos
habitantes do norte da Europa, onde a alimentação era pobre em verduras e
frutas frescas durante o inverno. No século 17, com a introdução da batata na
alimentação dos europeus do norte o escorbuto tornou-se raro. Com as grandes
navegações dos séculos 16 até 18, o escorbuto tornou-se a doença clássica dos
marinheiros que passavam longos períodos em alto mar sem ingerirem frutas ou
verduras frescas. Em 1535, os índios do Canadá ensinaram ao capitão marinheiro
Jacques Cartier que um chá feito com brotos de pinheiros do Canadá curava o
escorbuto. Somente em 1747, Lind, um médico da marinha inglesa, fez um estudo
dando a diferentes grupos de marinheiros alimentos diferentes, visando tratar o
escorbuto. Dos grupos, um recebia mostarda, outro cidra, outro vinagre, outro
laranjas e limões, outro água do mar. No fim verificou que o grupo alimentado
com limões e laranjas recuperava-se rapidamente da doença. Com isso a marinha
inglesa introduziu na ração de seus marinheiros o suco de limão. Em 1870, só no
Real Hospital Naval de Portsmouth, foram tratados 1.457 casos de escorbuto, em
1780, depois da introdução do suco de limão, só houve 2 casos da doença.
Depois, descobriu-se que a maioria dos animais sintetiza a vitamina C. No
entanto, o porco da Índia, os macacos não humanóides, os morcegos das frutas da
Índia e os humanos não são capazes de formarem o ácido ascórbico. Só em 1936, o
ácido ascórbico foi isolado e identificado. Hoje, é produzido industrialmente.
Um cirurgião inglês, de nome Crandon submeteu-se voluntariamente a uma
dieta de 161 dias sem vitamina C. Após 41 dias, a vitamina C já não era mais
detectável no seu plasma e dos glóbulos brancos desapareceu em 121 dias. Após
120 dias, surgiu hiperceratose perifolicular e, em 161 dias de dieta,
manifestaram-se os sangramentos subcutâneos e percebeu-se que um ferimento
parou de cicatrizar.
Sinônimos: ácido ascórbico.
Doses diárias recomendadas: 60 mg
Principais funções: participa na formação de catecolaminas; aumenta a
absorção de ferro pelo intestino.
Principais fontes: frutas e verduras frescas.
Manifestações de carência: lesões do colágeno. O escorbuto, um mal
clássico dos marinheiros de longo curso, é, hoje em dia, uma doença
praticamente desconhecida. Uma manifestação observada nos cabelos que pode
sugerir a carência de vitamina C é quando os pelos se tornam crespos nos locais
onde antes eram lisos. Vide o histórico acima.
Manifestações de excesso: formação de cálculos nos rins. Note-se que a
dose diária recomendada é de 60 mg/dia. Alguns produtos comerciais contêm até
2000 mg por comprimido, o que significa a ingestão de 35 ou mais vezes o dose
diária recomenda.
O efeito preventivo ou curador de doenças virais, como gripe, a
prevenção de câncer, reduzir risco de doença cardíaca e catarata, o aumento das
defesas orgânicas, tudo isso não está comprovado como sendo um efeito
terapêutico útil da vitamina C.
As chances de obter um benefício para a saúde com o uso de altas doses
de vitamina C são bem menores do que as de se conseguir uma doença a mais.
Alimentos ricos em vitamina C:
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mamão papaia: 1 unidade de tamanho médio (188 mg vit. C)
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brócolis: 1 copo (116 mg vit. C)
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suco de laranja: 1 copo (97 mg vit. C)
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morangos: 1 copo (84 mg vit. C)
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laranja: 1 unidade de umbigo (75 mg)
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kiwi: 1 unidade (74 mg)
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melão: 1 copo (68 mg)
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manga: 1 unidade (57 mg)
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VITAMINA B 1
Histórico: A vitamina B1 foi a primeira do complexo B a ser descoberta.
A sua falta provoca o beribéri, doença cuja incidência aumentou
significativamente no século 19, principalmente na Ásia quando se começou a
produzir o arroz polido. Em 1880 o almirante Takaki da marinha japonesa provou
que a causa do beribéri era alimentar, ao acrescentar à dieta dos marinheiros
da marinha nipônica peixes, carnes, cevada e vegetais. Em 1897 Eijkman, um
médico holandês que atuava em Java observou que o pó resultante do polimento do
arroz, se diluído em água e se administrado aos portadores de beribéri, curava
a doença. Em 1936 a vitamina B1 foi isolada e foi batizada com o nome de
tiamina.
Sinônimos: Tiamina
Doses diárias recomendadas: 1,5 mg. Para mães que amamentam e para
idosos é 3,0 mg
Principais funções: atua principalmente no metabolismo energético dos
açúcares. A sua função como neurotransmissor é discutida.
Principais fontes: carnes, cereais, nozes, verduras e cerveja. Nota:
alguns peixes e crustáceos e chás pretos podem conter fatores anti-tiamina.
Manifestações de carência: a doença carencial clássica é o Beribéri que
se manifesta principalmente em alcoólatras desnutridos e nas pessoas
mal-alimentadas dos países pobres. A manifestação neurológica da carência de vitamina
B1 é também denominada de Beribéri seco, caracterizando-se por neurites
periféricas, distúrbios da sensibilidade com zonas de anestesia ou de
hiperestesia, perda de forças até a paralisia de membros. No cérebro, pode
haver depressão, perda de energia, falta de memória até síndromes de demência
como a psicose de Korsakoff e a encefalopatia de Wernicke. As manifestações
cardíacas decorrentes da falta de vitamina B1 são denominadas de Beribéri
úmido, que se manifesta por falta de ar, aumento do coração, palpitações,
taquicardia, alterações do eletrocardiograma, inclusive insuficiência cardíaca
do tipo débito elevado.
Nas crianças de peito a falta de vitamina B1 pode aparecer por ser o
leite materno muito pobre em tiamina, principalmente se a mãe não receber
suplemento de vitamina B1.
Nos portadores de hipertireoidismo, havendo um aumento do metabolismo
decorrente da atividade exagerada do hormônio da tireóide, podem surgir
manifestações de carência de vitamina B1 causada pelo consumo aumentado.
Manifestações de excesso: mesmo em doses elevadas, a tiamina não é
tóxica. Os eventuais excessos ingeridos são eliminados pelos rins, deixando a
urina amarelada.
VITAMINA B 2
Histórico: até 1879, já havia sido observado que uma série de compostos
amarelados havia sido isolada de alimentos que foram denominados de flavinas.
Verificaram que uma parte era lábil ao calor, denominado de B1, e uma outra,
que era estável ao calor, foi denominado de B2, mais tarde vitamina B2.
Sinônimos: Riboflavina
Doses diárias recomendadas: 1,7 mg para homens e 1,6 mg/dia para
mulheres.
Principais funções: desempenha um papel importante no metabolismo
energético e como protetor das bainhas dos nervos. É um fator importante no
metabolismo de enzimas.
Principais fontes: leite, carne e verduras.
Nota: a radiação solar (UV) inativa a riboflavina.
Manifestações de carência: muito raras. Podem aparecer em gestantes, nos
esportistas de alta performance ou em doenças digestivas que alterem a sua
absorção. As primeiras manifestações de carência são inflamações da língua,
rachaduras nos cantos da boca, lábios avermelhados, dermatite seborréica da
face, tronco e extremidades, anemia e neuropatias. Nos olhos, pode surgir a
neoformação de vasos nas conjuntivas, além de catarata. As carências de
vitamina B2 costumam acompanhar a falta de outras vitaminas.
Manifestações de excesso: não é tóxica, mesmo em altas doses. Os
excessos são eliminados pelos rins.
VITAMINA B 6
Histórico: em 1926, foi verificado que uma das conseqüências da falta de
vitamina B2 era a dermatite. Em 1936 György separou da vitamina B2 um fator
solúvel em água cuja falta era a real causa das dermatites. Denominou-a de
vitamina B6. Diversos produtos têm a mesma propriedade biológica atribuída à B6
(vide sinônimos).
Sinônimos: Piridoxina, Piridoxol, Piridoxamina e Piridoxal.
Doses diárias recomendadas: a necessidade diária de Piridoxina é
diretamente proporcional à ingestão de proteínas na dieta. Por exemplo, quem
ingere 100 g/dia de proteínas necessita receber 1,5 mg/dia de piridoxina.
Mulheres grávidas, fumantes e alcoólatras têm necessidade de doses maiores da
vitamina B6.
Principais funções: a vitamina B6 é uma coenzima e interfere no
metabolismo das proteínas, gorduras e triptofano. Atua na produção de hormônios
e é estimulante das funções defensivas das células. Participa no crescimento
dos jovens
Principais fontes: cereais, carnes, frutas e verduras. O cozimento reduz
os teores de B6 dos alimentos.
Manifestações de carência: são muito raras, são lesões seborréicas em
torno dos olhos, nariz e boca, acompanhadas de glossite e estomatite. Quanto ao
sistema nervoso, a carência de vitamina B6 pode provocar convulsões e edema de
nervos periféricos, havendo suspeitas de que possa provocar a síndrome do túnel
carpiano. Distúrbios do crescimento e anemia são atribuídos à carência de
vitamina B6.
Manifestações de excesso: a Piridoxina tem baixa toxicidade aguda, mas
doses de 200 mg/dia, tanto por via oral como parenteral, podem provocar
intoxicações neurológicas, surgindo sintomas como formigamentos nas mãos e
diminuição da audição. Foram relatados casos de dependência da piridoxina.
VITAMINA B 12
Histórico: a vitamina B12, na sua história como nas suas funções, está
intimamente ligada ao ácido fólico e tem no seu currículo dois prêmios Nobel. A
história começou em 1824 quando Combe e Addison descreveram casos de anemia
megaloblástica. Combe associou essa anemia a fatores digestivos, mas, somente
em 1860, Austin Flint descreveu uma severa atrofia gástrica e falou da
possibilidade duma eventual relação com a anemia anteriormente citada. Em 1872,
Biermer deu-lhe o nome de anemia perniciosa. Em 1925, Whipple observou que o
fígado contém um potente fator que corrigia as anemias ferroprivas de cães.
Minot e Murphy seguindo e continuando nessa linha de observações descreveram a
eficácia da alimentação com fígado para reverter a anemia perniciosa e
receberam o prêmio máximo da medicina. Pouco tempo depois, Castle observou a
existência de um fator secretado pelas células parietais do estômago,
denominado de fator intrínseco, que era necessário para corrigir a anemia
perniciosa e que agia em conjunto com um fator extrínseco, semelhante a uma
vitamina, obtido do fígado. Somente 20 anos depois Rickes, Smith e Parker
isolaram e cristalizaram a vitamina B12. Depois Dorothy Hodgkin determinou a
estrutura cristalina da Vitamina B12 e por isso também recebeu um Prêmio Nobel.
Nas tentativas de purificar o fator extrínseco Wills descreveu uma forma
de anemia perniciosa na Índia, que respondia ao fator extraído do fígado, mas
que não respondia às frações purificadas que se sabia serem eficazes no
tratamento da anemia perniciosa. Era conhecido com o fator de Wills, depois
denominado de Vitamina M e hoje conhecido como ácido fólico, que foi isolado,
em 1941, por Mitchell.
Trabalhos recentes mostraram que nem a Vitamina B12, nem o ácido fólico
purificados e obtidos de alimentos são a enzima ativa para os humanos. Durante
a sua obtenção formas lábeis e ativas são convertidas em congêneres estáveis da
vitamina B12 e ácido fólico, a cianocobalamina e o ácido pteroilglutâmico
respectivamente. Esses congêneres devem ser convertidos in vivo para serem
eficazes para o metabolismo.
Sinônimos: cobalaminas, hidroxicobalamina, cianocobalamina
Doses diárias recomendadas: 6 ug/dia. Os níveis de vitamina B12 no
sangue podem ser medidos e assim fazer um diagnóstico de carência ou não.
Principais funções: essencial para o crescimento de replicação celular. Importante
na formação das hemácias (os glóbulos vermelhos do sangue).
Principais fontes: carne e fígado. É também produzida pela flora do
intestino grosso, mas lá não é absorvida. A absorção se dá no intestino delgado
depois dela ter sido ativada no estômago aonde chega com a ingestão de
alimentos. A vitamina B12 necessita do chamado "fator intrínseco",
existente nos estômagos normais, para ser absorvida. A vitamina B 12 formada
nos intestinos, por não ter sido ativada pelo fator intrínseco quase não é absorvida.
Cerca de 12% das pessoas com mais de 65 anos apresenta níveis
plasmáticos de cobalamina menor do que 258 pmol/L decorrentes de uma menor
absorção da vitamina B12. Níveis baixos dessa vitamina estariam associados com
um maior risco de câncer e de doenças vasculares.
Os vegetais, per se, não contêm vitamina B12, isso poderia levar os
vegetarianos a apresentarem a sua falta. Contudo isso nem sempre acontece
porque bactérias contaminantes dos vegetais ou mesmo as do trato intestinal,
agindo sobre os restos desses vegetais, formam a vitamina B12 e, assim, suprem
parcialmente o organismo daqueles que não ingerem carne, fígado, ovos ou leite
e seus derivados.
Manifestações de carência: anemia macrocítica ou perniciosa é a
principal manifestação. Existem evidências de que níveis baixos de vitamina B12
estariam associados a uma maior incidência de doenças vasculares e cancerosas.
Células de regeneração e replicação rápida (mucosas e epitélio cervical
uterino) também se ressentem da falta de vitamina B12.
A carência de vitamina B12 é comum em pessoas operadas do estômago
quando foi retirada a parte que produz o fator intrínseco responsável pela
absorção da vitamina B12. São propensos a apresentarem manifestações de falta
de vitamina B12 os vegetarianos restritos (que não ingerem carnes, ovos, leite
e seus derivados), os portadores de parasitoses intestinais, as pessoas
operadas do pâncreas, os portadores de doenças inflamatórias crônicas dos
intestinos e os idosos.
As deficiências de vitamina B12 podem provocar lesões irreversíveis do
sistema nervoso causadas pela morte de neurônios. Os sintomas neurológicos são
os mais variados e decorrem da morte ou perda de função das células atingidas
nos mais diferentes setores do cérebro e medula. As alterações neurológicas
podem acontecer mesmo não havendo ainda anemia.
Manifestações de excesso: não são citadas na literatura médica.
ALERTAS
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A vitamina B12 é indicada por alguns para tratar dores musculares ou
articulares. A sua eficácia como analgésico nestas situações não está
confirmada.
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São relatados casos de reações alérgicas ao uso da vitamina B12,
principalmente se usada via injetável.
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Doses maiores do que 100 microgramas por dia não são aproveitadas pelo
organismo humano por superarem a capacidade de aproveitamento e por isso
serem eliminadas na urina.
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Em algumas doenças intestinais, pode acontecer a falta de absorção de
vitamina B12. Nesses casos, ela deve ser administrada via parenteral,
geralmente uma dose a cada 30 dias. Se não existir doença dos intestinos, a
vitamina B12 pode ser prescrita via oral.
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Diagnosticada a anemia macrocítica ou perniciosa, pode-se administrar
vitamina B12, mas não se pode deixar de investigar as causas da sua
deficiência.
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Em pacientes com carência de vitamina B12 e ácido fólico, com a
administração de polivitamínicos que contenham também ácido fólico em doses
pequenas, ou que não o contenham, pode acontecer uma melhora da anemia e ser
provocado um agravamento das manifestações neurológicas decorrentes do desvio
do ácido fólico para corrigir a anemia perniciosa.
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Só faça reposição de vitamina B12 sob a supervisão e orientação de um
médico.
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ÁCIDO PANTOTÊNICO
Histórico: O ácido pantotênico foi descoberto por Williams em 1933 como
sendo uma substância essencial para o crescimento de leveduras. O seu nome vem
do grego, em que Panthos significa de todos os lugares. Isso porque o ácido
pantotênico é encontrado em toda a parte. O seu primeiro papel foi verificado
que uma doença denominada pelagra dos pintos, curada com extratos de fígado,
mas não com o ácido nicotínico. Foi demonstrado por Wooley e Jokes que o fator
que curava a dermatite das aves era o ácido pantotênico. Em 1947, Lipmann
mostrou que a acetilação da sulfanilamida necessitava de um cofator que
continha ácido pantotênico.
Sinônimos: Coenzima A.
Doses diárias recomendadas: estimada em até 10 ug. É difícil determinar
a dose mínima diária necessária por serem os estados carenciais praticamente
desconhecidos. Principais funções: atua no metabolismo da maioria das células,
na produção de hidratos de carbono, proteínas e lipídios. Interfere na produção
de energia dentro das células e na produção de hormônios.
Principais fontes: carnes, ovos, frutas, cereais e verduras, sendo
encontrada, praticamente, em todos os alimentos.
Manifestações de carência: são muito raras. As carências podem ser
produzidas experimentalmente com alimentos artificiais, pelo uso de alguns
antibióticos, nesses casos surgem cansaço, distúrbios do equilíbrio e do sono,
cãibras e distúrbios digestivos, como flatulência e cólicas abdominais. Pessoas
com dietas normais não têm carência de ácido pantotênico.
Manifestações de excesso: o excesso de ingestão (mais de 10 a 20 mg/dia)
pode provocar diarréia. Como acontece com as demais vitaminas hidrossolúveis,
os excessos são eliminados pelos rins, na urina.
NIACINA E NIACINAMIDA (FATOR PP)
Histórico: Pelle agra é o termo em italiano para pele áspera, doença
conhecida há séculos na Itália, onde comia-se principalmente milho. Em 1914,
Funk postulou que a pelagra era uma doença carencial. Pouco tempo depois
Goldberg demonstrou que se podia curar a pelagra com carne fresca, ovos e
leite. Goldberg também observou que se dava a dieta carente dos humanos aos
cães, causando a doença da língua preta. Depois verificaram ser também um
componente hidrossolúvel, termo estável que acompanhava o complexo B. Em 1935,
Warburg e outros isolaram o ácido nicotínico do sangue de cavalos.
Sinônimos: ácido nicotínico e niacinamida e fator PP. Também denominados
de vitaminas da inteligência.
Doses diárias recomendadas: 15 mg.
Principais funções: influencia a formação de colágeno e a pigmentação da
pele provocada pela radiação ultravioleta. No cérebro, a niacina age na
formação de substâncias mensageiras, como a adrenalina, influenciando a
atividade nervosa.
Principais fontes: carnes e cereais. Origina-se do metabolismo do
triptofano: 60 mg de triptofano produzem 1 mg de Niacina. As pessoas que se
alimentam principalmente à base de milho são propensas a manifestações de
carência de Niacina por ser o milho muito pobre em triptofano.
Manifestações de carência: a doença dos 3 "D", composta por
Diarréia, Demência e Dermatite. A língua pode apresentar cor avermelhada,
ulcerações e edema. Pode haver salivação excessiva e aumento das glândulas
salivares. Podem aparecer dermatites parecidas com queimaduras de pele,
diarréia, esteatorréia, náuseas e vômitos. No sistema nervoso, aparecem manifestações
como cefaléia, tonturas, insônia, depressão, perda de memória e, nos casos mais
severos, alucinações, demência e alterações motoras e alterações neurológicas
com períodos de ausência e sensações nervosas alteradas.
Manifestações de excesso: a Niacina não costuma ser tóxica, mesmo em
altas doses, mas pode provocar coceira, ondas de calor, hepatotoxicidade,
distúrbios digestivos e ativação de úlceras pépticas.
Observação: a denominação PP significa Previne Pelagra, manifestação
encontrada principalmente em alcoólatras de destilados quando mal-alimentados.
ACIDO FÓLICO
Histórico: vide o histórico da vitamina B12.
Sinônimos: folacina, folatos e ácido pteroilglutâmico são sinônimos.
Vitamina M e vitamina B9 são denominações fora de uso. É também denominada de
"vitamina da futura mamãe".
Doses diárias recomendadas: 0,2 mg para crianças e 0,4 mg para adultos.
É imprescindível para mulheres antes da concepção e no primeiro mês da gravidez
a fim de evitar doenças congênitas da criança, como anencefalia e espinha
bífida.
A dieta habitual contém em torno de 0,2 mg de ácido fólico. O cozimento
prolongado dos alimentos pode destruir até 90% do seu conteúdo em ácido fólico.
Principais funções: atua em conjunto com a vitamina B12 na transformação
e síntese de proteínas. É necessária na formação dos glóbulos vermelhos, no
crescimento dos tecidos e na formação do ácido desoxiribonucleico, que
interfere na hereditariedade.
O ácido fólico tem um papel na prevenção de doenças cardiovasculares,
principalmente nos portadores de distúrbios metabólicos em que há um aumento da
hemocisteína no sangue, onde atua como redutor dessa substância tóxica.
O ácido fólico sintético seria mais bem absorvido pelo organismo humano,
um dado apregoado principalmente pela indústria farmacêutica.
A literatura médica chinesa apregoa que o ácido fólico teria um efeito
de prevenção do câncer de estômago. Existem autores que sugerem ser o ácido
fólico preventivo para o câncer de intestino grosso e colo de útero.
Quanto ao câncer, sua etiologia e prevenção, não existe unanimidade
entre os autores. Há defensores de idéias que podem representar vaidades
individuais ou interesses comerciais.
Existem países, entre os quais a Inglaterra e o Chile, em que o ácido
fólico é acrescentado à farinha de trigo de uso doméstico. Nesses países, a
suplementação por outras vias é desnecessária.
Principais fontes: carnes, verduras escuras, cereais, feijões e batatas.
Um copo de cerveja, de 200 ml, contém 0,06 mg de ácido fólico.
Manifestações de carência: a manifestação principal da carência de ácido
fólico é a alta incidência de crianças com malformações congênitas do sistema
nervoso nascidas de mães que foram carentes em ácido fólico no início da
gravidez. Também está aumentada a incidência de lábio leporino e fissura
palatina nesta situação. Estima-se que a administração preventiva de ácido
fólico neste período e durante toda a gestação, reduziria a incidência de
malformações congênitas em 70%. A falta de ácido fólico aumenta a incidência de
partos prematuros.
Um fator de risco está no fato de muitas mulheres ignorarem que estão
grávidas. É no início da gestação que a suplementação de ácido fólico é
importante.
A carência de ácido fólico é comum em alcoólatras mal-alimentados, em
desnutridos crônicos, em pessoas que não consomem vegetais verdes, como
espinafre, acelga, brócolis e nas pessoas que se alimentam, principalmente, de
comidas industrializadas. A carência de ácido fólico, junto com a carência de
vitamina B12, pode levar as pessoas a sentirem vertigens, cansaço, perda de
memória, alucinações e fraqueza muscular.
Manifestações de excesso: existem fortes evidências de que altas doses
de ácido fólico reduzem o risco de doenças das coronárias e de câncer do
intestino grosso. Mas essas evidências não são definitivas e não se sabe quais
seriam as doses recomendadas.
Existem estudos que sugerem que a administração exagerada de ácido fólico
durante a gravidez aumentaria a incidência de abortos. Outros estudos negaram
esta citação, pois o número de gravidezes, entre as mulheres que receberam
altas doses de ácido fólico e que terminaram em aborto foi igual ao número de
mulheres que receberam doses normais de ácido fólico - em torno de 9,1%.
CARNITINA
Histórico: em 1905, a carnitina foi identificada com um constituinte
nitrogenado dos músculos, depois reconhecido com sendo um fator de crescimento
das larvas da farinha. Em 1950, os pesquisadores Fritz e Bremer observaram o
papel da carnitina na oxidação de ácidos graxos nos mamíferos.
O nome carnitina viria de carne (músculo)
Sinônimos: L-carnitina, vitamina B11.
Principais fontes: carnes, peixes e laticínios.
Principais funções: a L-carnitina é importante para a oxidação de ácidos
graxos, para o metabolismo dos açúcares e promove a eliminação de certos ácidos
orgânicos. Atua no endotélio dos vasos, reduzindo os níveis de triglicerídeos e
colesterol. Age levando as gorduras para dentro das células, produzindo
energia, aumentando o consumo de gorduras e, dessa forma, tendo uma função
protetora do fígado. Todas essas funções e qualidades da carnitina são
discutíveis e postas em dúvida, principalmente pelos vegetarianos.
Manifestações de carência: são raras e encontradas principalmente em
desarranjos metabólicos hereditários. Cansaço, fraqueza muscular, confusão e
manifestações cardíacas são os sintomas mais freqüentes. Podem surgir lesões
tubulares renais com insuficiência renal.
Manifestações de carência de carnitina são descritas em pacientes
alimentados por via parenteral (na veia), mas são facilmente corrigidas pela
suplementação.
Nas doenças isquêmicas do coração e nas miocardiopatias, a carnitina tem
um papel importante, pois a energia do músculo cardíaco vem em boa parte da
oxidação de ácidos graxos. Manifestações de excesso: não são descritas.
BIOTINA
Histórico: em 1916, Bateman observou que ratos alimentados com clara de
ovo como única fonte de proteínas desenvolviam desordens neuromusculares,
dermatite e perda de cabelos. Esta síndrome poderia ser prevenida caso se
cozinhasse a clara ou se fosse acrescentado fígado ou levedura à dieta. Em
1936, Kögl e Tönis isolaram da gema do ovo uma substância que era essencial
para o crescimento da levedura e a denominaram de biotina. Depois, verificou-se
que esse fator e aquele que prevenia a intoxicação da clara de ovo cozida eram
o mesmo.
Sinônimos: vitamina B8. Da biotina existem 3 variantes que são a
biocitina, a lisina e o dextro e levo sulfoxido de biocitina. São úteis para o
crescimento de certos microorganismos e sua utilidade para o homem não é
conhecida.
Doses diárias recomendadas: 100 a 200 microgramas.
Principais fontes: carnes, gema de ovos, leite, peixes e nozes. A
biotina é estável ao cozimento.
Principais funções: função importante no metabolismo de açúcares e
gorduras.
Manifestações de carência: muito raras e praticamente só aparecem se
houver destruição das bactérias intestinais, administração de antimetabólicos
da biotina e alimentação com clara de ovo crua para que aconteça a carência de
biotina. Nestes casos surgem glossite atrófica, dores musculares, falta de
apetite, flacidez, dermatite e alterações do eletrocardiograma. Pessoas que se
alimentam por longo tempo somente de ovos crus têm apresentado estas
manifestações. Pessoas alimentadas por via parenteral também podem apresentar
sinais e sintomas de carência de biotina. As lesões da pele caraterizam-se por
dermatite esfoliativa severa e queda de cabelos que são reversíveis com a
administração de biotina.
Crianças com seborréia infantil e pessoas com defeitos genéticos são
tratados com doses de 5 a 10 mg/dia de biotina.
Manifestações de excessos: grandes doses de biotina podem provocar
diarréia.
COLINA
Histórico: a colina não é uma vitamina, mas foi tida como sendo um dos
componentes do complexo B.
Em 1932, Best observou que cães pancreatectomisados e mantidos com
insulina desenvolviam um fígado gorduroso. Isso podia ser evitado
acrescentando-se à sua dieta gema de ovos crus, lecitina ou pâncreas. Foi
demonstrado que a substância responsável por esse efeito era a colina. Esse
estudo iniciou os subseqüentes sobre as substâncias lipotrópicas.
Sinônimos: Trimetiletanolamina. É semelhante à acetilcolina, tendo uma
ação farmacológica semelhante, mas muito discreta.
Doses diárias recomendadas : 400 a 900 mg. Principais fontes: gema de
ovos, fígado e amendoim.
Funções: mobiliza as gorduras do fígado (ação lipotrópica) e é
importante na formação do neurotransmissor acetilcolina além de agir com
ativador de plaquetas (PAF). É ainda importante como componente de
fosfolipídeos. A colina é fornecedora de radicais metila, essenciais para trocas
metabólicas. Atua em combinação com a vitamina B12.
Manifestações de carência: provoca acúmulo de gorduras no fígado,
cirrose, aumento na incidência de câncer de fígado, lesões hemorrágicas dos
rins e falta de coordenação motora.
NOTA - o
tratamento de cirrose e da esteatose hepáticas decorrente da ingestão de álcool
não responde ao uso de colina. Do mesmo modo, ela não se mostrou eficaz no
tratamento de doenças neurológicas com Alzheimer, ataxia de Friederich,
discinesias, doenças de Huntington e Tourette.
Manifestações
de excesso: não são descritas
BIOFLAVONÓIDES
Nos vegetais, existem substâncias denominadas flavonóides, anteriormente
conhecidas com vitaminas P. Os flavonóides não são mais incluídos entre as
vitaminas.
Existem mais de 5000 substâncias identificadas e derivadas de plantas
que são reconhecidas como flavonóides. Flavus, em latim, significa amarelo e,
por terem uma cor amarelada quando isoladas, essas substâncias têm essa
denominação. Nos vegetais seriam os responsáveis pela sua cor e teriam a função
de proteger a planta da ação do oxigênio da atmosfera. Por analogia, espera-se
uma ação semelhante no organismo humano, ao proteger as células do corpo
humano, principalmente as dos vasos, das agressões e degenerações decorrentes
da ação dos radicais ácidos sobre os tecidos.
Sinônimos: vitamina P, Rutina
Doses diárias recomendadas: não existem dados sobre isso.
Principais funções: proteger o endotélio vascular das agressões dos
radicais ácidos e também diminuir a adesividade das plaquetas, diminuindo o
risco da formação de trombos e conseqüente obstrução de artérias que poderiam
resultar em infartos.
Principais fontes: os vegetais e, nestes, são encontrados,
principalmente, nas cascas. Muito comentados são os bioflavonóides do
chocolate, dos vinhos, dos sucos de uvas e de outros produtos derivados de
plantas, mesmo os industrializados. As indústrias jogam pesado na difusão
desses conceitos que salientam o valor dessas substâncias. Entretanto, do ponto
de vista nutricional, as frutas contêm muito mais flavonóides do que os
produtos industrializados. Já a produção do vinho, por ser uma fermentação
anaeróbia conserva melhor os flavonóides.
Manifestações de carência: não são descritas, mas é admitido que a sua
carência favoreceria o envelhecimento precoce, onde sua falta não ofereceria o
fator protetor às alterações degenerativas vasculares. Na verdade, o retardo do
envelhecimento, um fato muito desejado, teoricamente apregoado, ainda foi não
confirmado por trabalhos científicos sérios de longo prazo. Vegetarianos e
alguns fetichistas alimentares abraçam essas idéias de benefícios com
veemência.
Manifestações de excesso: a administração exagerada de flavonóides está
associada a uma maior incidência de leucemia nos recém nascidos de mães que
receberam doses grandes de flavonóides durante certos períodos da gestação.
Existem no comércio produtos que contém altas doses de flavonóides, e as
mulheres em idade fértil devem ser avisadas dos limites que devem obedecer na
ingestão desses produtos.
Em algumas pessoas, a ingestão de flavonóides desencadeia dor de cabeça,
a conhecida enxaqueca de alguns consumidores de vinho. A dor de cabeça após
ingestão exagerada, ou mesmo moderada, de vinho, geralmente é atribuída por
alguns ao álcool, por outros aos vinhos de má-qualidade. Contudo, existem
autores que afirmam serem os flavonóides os responsáveis por essa manifestação
desagradável.
A ingestão de chocolate em grande quantidade não deixa de ter os seus
inconvenientes, sendo um deles a obesidade. A ingestão de vinho em doses
exageradas também não é recomendada.
Resumindo, pequenas porções de chocolate e um ou dois cálices (de 100
ml) de vinho, por dia, é considerado recomendável. Se a intenção for a de
suprir o organismo de flavonóides, o melhor é consumir frutas e verduras
frescas.
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
VITAMINA A
Dados históricos: a cegueira noturna, a principal manifestação da
carência de vitamina A, já era conhecida dos egípcios há mais de 3 mil anos.
Eles desconheciam a razão dessa manifestação, mas a tratavam empiricamente com
compressas de fígado frito ou cozido sobre os olhos. Hipócrates há dois mil
anos já recomendava comer fígado para tratar a cegueira noturna. Em 1865, no
Brasil, foi descrita a Oftalmia brasiliana, uma doença que atingia escravos
mal-alimentados. Só em 1913, num estudo experimental, foi descrito que animais
atingidos pela xeroftalmia (secura dos olhos) tinham essa manifestação curada
pela ingestão de gema de ovos, leite, manteiga e óleo de fígado de bacalhau.
Durante a guerra mundial de 1914 a 1918, foi observado que a xeroftalmia em
humanos era decorrente da carência de manteiga na dieta.
Sinônimos: os retinóides são substâncias como o Retinol e seus
derivados, que têm as propriedades biológicas da vitamina A. Os retinóides
ocorrem na natureza ou são produzidos sinteticamente.
Dose diária recomendada: 1 mg ou 5.000 UI
Principais funções: importante para as funções da retina, principalmente
para a visão noturna. Exerce ainda função na cornificação da pele e das
mucosas, no reforço do sistema imunológico, na formação dos ossos, da pele,
cabelos e unhas. É importante no desenvolvimento embrionário. Tem influência
nas reações imunológicas e teria efeitos na prevenção de certos tumores.
A vitamina A tem função antioxidante, ela fixa-se aos chamados
radicais-livres que se originam da oxidação de diversos elementos. Esses
radicais-livres teriam um efeito nocivo para as células e são tidos como
causadores de arteriosclerose, catarata, tumores, doenças da pele e doenças
reumáticas.
Principais fontes de vitamina A, conteúdo em cada 100 gramas de alimento:
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Fígado - 25 mg
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Fígado de galinha - 11 mg
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Fígado de gado - 8 mg
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Patê de fígado - 2 mg
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Cenouras -1 mg.
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Nota - em 1
grama de fígado do urso polar encontram-se 12 mg (40.000 UI) de retinol.
Manifestações de carência:
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Olhos
a ceratomalácia (amolecimento da córnea), olhos secos, com ulcerações
e xerose da conjuntiva e córnea são as manifestações mais precoces. A
cegueira noturna, a mais conhecida, é uma das primeiras manifestações de
carência da Vitamina A. A dificuldade extrema de visão, inclusive a cegueira
total são as manifestações mais graves da sua carência.
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Sistema respiratório
o epitélio das vias aéreas sofre alterações, a queratinização, o que
propicia um aumento de infecções. Pode haver uma diminuição da elasticidade
pulmonar dificultando a respiração.
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Pele
a queratinização e a secura da pele levam à erupção de pápulas que
envolvem os folículos sebáceos principalmente nas extremidades dos membros.
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Sistema geniturinário
a deficiência de vitamina A leva a formação de cálculos renais. O
epitélio das vias urinárias torna-se rugoso o que facilita o depósito de
cristais e a formação dos cálculos. Ocorrem ainda alterações na formação de espermatozoides,
degeneração de testículos, abortos, anomalias e mortes fetais.
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Sistema digestivo
ocorrem alterações no epitélio intestinal, metaplasias no epitélio dos
dutos pancreáticos, que seriam responsáveis pelas diarréias atribuídas à
falta de vitamina A.
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Glândulas sudoríparas
podem atrofiar e sofrer queratinização. As alterações do suor podem
alterar os cheiros do corpo, para pior.
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Ossos
nos animais, experimentalmente, a falta de vitamina A provoca
alterações como o aumento da porosidade e espessamento dos ossos.
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Sistema nervoso
alterações do olfato, do paladar e da audição podem ocorrer. Lesões de
nervos e aumento na produção de líquor com hidrocefalia têm sido relatados.
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Sangue
pode haver diminuição na formação de glóbulos vermelhos.
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Manifestações de excesso:
O excesso de vitamina A, uma situação freqüente em pessoas que ingerem
vitaminas deliberadamente, pode causar manifestações clinicas desagradáveis e
até perigosas.
A intoxicação por vitamina A poder ser aguda ou crônica. A ingestão
prolongada de 30 mg/dia de retinol, durante 6 meses ou mais, provoca
intoxicações. Algumas pessoas mesmo com 10 mg/dia já apresentam sintomas. Em
crianças, 7,5 a 15 mg/dia durante um mês já produz manifestações de toxicidade.
Para acontecer uma intoxicação aguda são necessários, para um adulto, 500 mg;
para um jovem, 100 mg; e para uma criança, 30 mg.
Pela ingestão exagerada podem surgir manifestações como pele seca,
áspera e descamativa, fissuras nos lábios, ceratose folicular, dores ósseas e
articulares, dores de cabeça, tonturas e náuseas, queda de cabelos, cãibras,
lesões hepáticas e paradas do crescimento além de dores ósseas. Podem surgir
também falta de apetite, edema, cansaço, irritabilidade e sangramentos.
Aumentos do baço e fígado, alterações de provas de função hepática, redução dos
níveis de colesterol e HDL colesterol também podem ocorrer. Já foram observados
casos de envenenamento fatais pela ingestão de fígado de urso polar. Grande
cuidado deve ser dado a produtos que contenham o ácido retinóico usado no
tratamento do acne.
Doses recomendadas - 1 mg por dia para pessoas normais. Para mulheres
grávidas, pessoas com distúrbios de digestão das gorduras, diabete, idosos e
alcoólatras são recomendas doses 25 a 50% maiores.
ALERTAS:
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Existem estudos realizados com voluntários em que se observou que a
ingestão exagerada e prolongada de vitamina A aumentou incidência de câncer,
principalmente o de mama e intestino grosso. Isso ainda não está plenamente
confirmado.
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A ingestão em excesso de pode levar a um aumento na incidência de
fraturas de colo de fêmur.
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A ingestão do dobro das necessidades diárias em mulheres grávidas está
associada a uma maior incidência de defeitos congênitos específicos das
crianças. Essa também é uma assertiva que necessita ser confirmada.
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Sugestão final - se você é uma pessoa normal, com alimentação normal,
evite a suplementação de vitamina A. Se apresentar alguma manifestação sugestiva
de carência dessa vitamina consulte o seu médico e peça orientação.
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VITAMINA E
Histórico: em 1922, Evans e Bischop observaram que ratas grávidas não
conseguiam manter a prenhez na falta de um fator desconhecido. Engravidavam,
mas abortavam posteriormente. Também foram observadas alterações nos testículos
dos ratos carentes dessa substância, considerada como sendo antiesterilidade,
daí vitamina E. Evans isolou a vitamina e em 1936, verificou que se tratava de
tocoferóis, num total de oito, sendo o alfatocoferol o mais importante.
Sinônimos: tocoferol. Em verdade são oito substâncias semelhantes
reunidas sob o nome de tocoferóis.
Dose diária recomendada: 10 a 30 UI.
Principais funções: inicialmente, era tida como a vitamina da
fertilidade sendo indicada para tratar a impotência sexual. Para desilusão de
alguns, isso nunca foi comprovado.
Em animais (ratos) a falta de vitamina E provoca alterações neurológicas
degenerativas da medula. Em humanos a falta de vitamina E provoca alterações
neurológicas como diminuição dos reflexos, diminuição da sensibilidade
vibratória, da propriocepção e oftalmoplegia. As dificuldades visuais podem ser
agravadas pela retinopatia pigmentar também provocada pela falta de vitamina E.
Não existem provas que demonstrem ser a vitamina E de utilidade no
tratamento de distúrbios menstruais, vaginites, alterações de menopausa,
toxemia gravídica e dificuldades reprodutivas.
A vitamina E ajuda no tratamento de miopatias necrosantes, mas não é
útil no tratamento da distrofia muscular.
Os tocoferóis agem como antioxidantes, protegendo as células dos efeitos
nocivos das substâncias tóxicas, principalmente dos radicais ácidos.
Atualmente, admite-se que protegem do câncer, da arteriosclerose, das
inflamações articulares e das complicações do diabete, por bloquearem as
modificações oxidativas das lipoproteínas de baixa densidade. É discutível se
doses altas de Vitamina E exerçam algum benefício na prevenção de doenças
cardiovasculares. Existem observações em que foram administrados 400 UI/dia de
Vitamina E em pacientes portadores de doença isquêmica do coração. Nesse grupo,
a incidência de um infarto do miocárdio foi reduzida para a metade, mas a vida
média essas pessoas não foi prolongada. Um outro estudo mostrou que, em
pacientes submetidos à diálise renal, por serem portadores de insuficiência
renal crônica, a incidência de mortes por doença do coração caiu para a metade
do esperado quando lhes foi administrada a Vitamina E. Já num estudo realizado
na Itália, na mesma situação clínica, não se verificou uma mudança
significativa da incidência de doenças cardiovasculares ao lhe administrarem
altas doses de Vitamina E. No entanto, o número de mortes por causas cardíacas
foi significativamente menor.
Devemos salientar ainda que o efeito dos anti-radicais-livres é obtido
principalmente na presença dos flavonóides.
CONCLUSÕES
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A curto prazo, em cardiopatas, não existem evidências de benefícios
óbvios com a suplementação de Vitamina E. Um benefício, a longo prazo, ainda
não está definido.
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Quanto aos benefícios na prevenção do câncer os resultados são
controversos. Para evitar o câncer de seio não existem evidências que o
confirmem. Quanto ao câncer de intestino grosso os resultados são
conflitantes. Um grupo que avaliou a associação de Alfa-tocoferol mais Beta
caroteno notou uma significativa redução do câncer de próstata e nenhum
benefício na prevenção de outras doenças cancerosas. Esse mesmo grupo de
investigadores observou que dentre os fumantes houve um aumento significativo
de acidentes vasculares cerebrais quando recebiam altas doses de Vitamina A e
E.
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Existem evidências discretas de que altas doses de Vitamina E
associadas ao Ginko biloba tornariam a progressão da doença de Alzheimer mais
lenta.
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Principais fontes: azeites vegetais, cereais e verduras frescas. O
leite de mulher contém vitamina E suficiente para o filho em aleitamento ao
peito, ao contrário do leite de vaca.
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Manifestações de carência: vide as principais funções descritas acima.
Manifestações de excesso: a vitamina E mesmo em altas doses não é tida
como tóxica, mas, se ingerida em excesso, pode, eventualmente, competir na
absorção e reduzir a disponibilidade das outras vitaminas lipossolúveis, além
do ferro dos alimentos, e, assim, colaborar para o desencadeamento de anemias.
Observou-se ainda que altas doses de Vitamina E aceleram a progressão de
retinite pigmentosa.
VITAMINA K
Histórico: em 1929, Dam observou que pintos alimentados com certas
rações apresentavam sangramentos decorrentes da diminuição dos níveis de
protrombina no sangue. Seis anos depois verificou que uma substância
desconhecida, solúvel em gorduras, combatia as perdas de sangue. Deu-lhe o nome
de vitamina K (Koagulations Vitamine). Na mesma época, outros investigadores,
observando pacientes ictéricos e pesquisando as causas da diminuição da
coagulabilidade sangüínea, verificaram ser a diminuição de protrombina o fator
responsável. Em 1936 observaram que animais com fístulas biliares, em que a
bile não chegava ao intestino, apresentavam o mesmo problema e verificaram que
podiam corrigi-lo alimentando os animais com sais biliares.
Sinônimos: a vitamina K é composta de 3 tipos, a K1 (Fitonadione), a K2
(menaquinonas) e a K3 (menadione).
Doses diárias recomendadas: não estão ainda determinadas as doses
mínimas diárias necessárias para manter a normalidade da coagulação. Admite-se
como sendo 0,5 a 1 micrograma por kg de peso o mínimo necessário. Pessoas
deficientes em vitamina K são tratadas com 0,03 microgramas por kg de peso. Nas
pessoas adultas a vitamina K2 é formada no próprio intestino do indivíduo por
ação de bactérias sobre o conteúdo intestinal. A vitamina K1 vem dos vegetais.
Em recém-nascidos isso não aconteceu ainda, motivo pelo qual alguns pediatras a
administram para as crianças logo após o nascimento a fim de evitar as consequências
de uma carência (sangramentos).
Principais funções: as vitaminas K1 e a K2 praticamente não têm
atividade farmacodinâmica em pessoas normais. A vitamina K atua na produção de
protrombina, fator importante na coagulação do sangue. Age, ainda, na prevenção
de osteoporose em idosos e mulheres depois da menopausa.
Principais fontes: verduras e fígado.
Manifestações de carência: em adultos, é extremamente rara e pode ser a consequência
de doenças em que exista má-função do fígado, má-absorção intestinal,
alterações da flora intestinal (uso prolongado ou intensivo de antibióticos) ou
desnutrição. A carência manifesta-se por tendência ao sangramento.
Manifestações de excesso: as vitaminas K1 e K2 não são tóxicas, mesmo em
altas doses. Já a vitamina K3 em altas doses pode provocar anemia e lesões no
fígado.
A injeção de Fitonadione na veia pode provocar dores no peito, choque e
raramente a morte, o que por alguns é atribuído aos solventes usados nas
soluções injetáveis. O Menadione é irritante para a pele e para os pulmões,
pode provocar anemia hemolítica, kernicterus nos recém-nascidos, principalmente
em crianças prematuras. Em pessoas doentes do fígado, tanto a menadione com o
fitonadione podem deprimir ainda mais a função hepática.
VITAMINA D
Histórico: a vitamina D, em verdade, é a denominação atribuída a duas
substâncias, o colecalciferol e o ergocalciferol. Ambas têm a propriedade de
evitar ou curar o raquitismo, que era atribuído à falta de ar fresco e de sol
para as crianças criadas em zonas urbanas. Outros autores creditavam a doença a
erros alimentares. Em 1919, dois autores, Mellanby e Huldschinsky verificaram
que todos tinham razão, pois adicionar óleo de fígado de bacalhau à dieta ou
expor as crianças ao sol, prevenia ou curava a doença. Em 1924, os autores
Heis, Steenbock e Black verificaram que irradiando as rações animais com radiação
ultravioleta também curava ou prevenia o raquitismo.
Sinônimos: Calciferol
Doses diárias recomendadas: 400 UI
Principais funções: a vitamina D age com um hormônio na regulação do
cálcio dos ossos e sangue.
Principais fontes: o organismo humano é capaz de sintetizar a vitamina D
a partir do colesterol, por isso, poderia deixar de ser considerada uma
vitamina segundo a definição das mesmas. Nas regiões em que há pouca radiação
solar o corpo humano tem a necessidade de complementar as carências alimentares
e/ou ambientais. As principais fontes são fígado, óleos de peixes e gema de
ovos. Existem no mercado produtos lácteos "enriquecidos" de vitaminas
D, o que num país ensolarado como o Brasil é dispensável (vide manifestações de
excesso abaixo).
Manifestações de carência: a carência de vitamina D provoca, nas
crianças, o raquitismo e nos adultos a osteomalácia (amolecimento dos ossos).
Nos idosos leva à osteoporose.
Manifestações de excesso: doses exageradas de vitamina D provocam a
hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue) o que favorece o depósito de cálcio
nos vasos (arteriosclerose) e ainda a eliminação aumentada de cálcio na urina o
que por sua vez favorece a formação de cálculos urinários. Altos teores de
cálcio no sangue alteram as funções do coração e dos nervos.
Tanto o excesso como a carência de vitamina D altera a formação dos
ossos.
VITAMINA F
Sinônimos: o nome vitamina F é uma denominação antiquada que agrupa os
ácidos graxos não saturados essenciais (não formados no organismo humano), como
o ácido linoleico, o ácido oleico e o ácido linólico. Não são aminas e, por
isso, deixaram de ser considerados como sendo vitaminas.
Principais funções: protetores cutâneos e interferem no crescimento do
corpo humano. Os ácidos graxos essenciais são usados principalmente nos
cosméticos de uso tópico e servem para deixar a pele macia por terem um efeito
antiqueratinizante. São muito usados para tratar as peles secas, peles rachadas
e envelhecidas.
Principais fontes: o nome de vitamina F vem por serem os ácidos graxos
essenciais encontrados em gorduras. Gordura em alemão é Fett, ou em inglês é
Fat. É encontrada principalmente no óleo de milho, de girassol, de soja, de
caroço de uva, de germe de trigo, nos óleos de oliva e de peixes, e destes,
principalmente, nos de água fria.
Manifestações de carência: alterações da pele e do crescimento corporal.
Manifestações de excesso: não são descritas.
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